O PODER DA ORAÇÃO

"PEDRO, POIS, ESTAVA GUARDADO NO CÁRCERE; MAS HAVIA ORAÇÃO INCESSANTE A DEUS POR PARTE DA IGREJA A FAVOR DELE". (Atos,12:5)

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O PODER DA ORAÇÃO

Já em sua primeira parte, os Atos dos Apóstolos nos descrevem uma libertação milagrosa.(Atos: 5:19). Naquela ocasião, os encarcerados eram todos os apóstolos. Um anjo do Senhor abriu-lhes as portas da prisão, durante a noite, ordenando-lhes continuassem a pregar no templo. E, na terceira parte do nosso livro, encontraremos outra vez idêntica história, quando nos será dito que Paulo e Silas foram libertados do calabouço de Filipos por intermédio de um estranho terremoto. (Atos: 16:19-34).

Por três vezes, portanto, DEUS mesmo intervém em socorro de seus enviados. O pensamento crítico pode sentir-se chocado com as coisas que aparecem inacreditáveis. Acaso nos assiste o direito de tomar tudo isto como símbolo? Como exposição dramática e eficiente da convicção que a Igreja primitiva tinha de ser assistida pelo poder do céu e de ser invencível? No entanto, por que não haveria o Auxílio divino de escolher realmente tais caminhos quando se tratasse de acudir à Igreja oprimida? Temos certeza da realidade do Ressuscitado e da sua promessa, e acreditamos na possibilidade do milagre como tal. Se assim é, devemos então defender a veracidade de tais acontecimentos, não obstante todas as objeções que em geral se originam de mentalidade parcial e naturalista. É bem verdade que também não podemos deixar de contar com a possibilidade de terem cooperado, na elaboração de cada fato, influência e objetivos literários. Algo há, em nosso relato que, em relação às duas outras hitórias, se destaca de modo particular, emprestando-lhe grande importância: é a imagem da comunidade em oração.

Na casa da mãe de João, apelidado de Marcos,(Atos, 12:12) muitos estavam reunidos e oravam. É de ser admitir ainda que também em outros lugares se tenham congregado membros da comunidade para orar, preocupados que estavam com a sorte do apóstolo. Apresentando a cena da comunidade em oração, Lucas inicia o relato sobre a formação da Igreja (Atos, 1:12-14) e constantemente afirma que os fiéis se reuniam para orar, e que a oração acompanhava a pregação e a atividade da Igreja.Agora, mostra-nos, de modo impressionante, o poder da oração comunitária. Isto nos faz lembrar que foi justamente ele quem, em seu Evangelho, expôs a necessidade e a força da oração confiante, apresentando então vários exemplos:

a) Do amigo importuno........Lc. 11:5

b) Do pai e do filho suplicante.......Lucas. 11:11-13.

c) Da viúva e seu insistente pedido........Lucas 18: 1-8.

Visto descer a pormenores e representar uma descrição admirável, a exposição do livramento de Pedro dispensa maiores explicações. Com o objetivo de deixar transparecer, o mais intuitivamente possível, a grandeza do milagre e a superioridade do poder divino, é exposto propositadamente como se armou um dispositivo de vigilância reforçado, para evitar a fuga do detento. A "luz" que "iluminou" (Atos, 12:7) no recinto escuro do calabouço, converte-se em símbolo da proximidade de DEUS, e a preocupação do anjo por toda peça de roupa é uma prova de que no auxílio de DEUS se inclui tudo quanto é necessário ao homem. (Atos, 12:8).

Intencionalmente também é dito que o apóstolo somente se deu conta da realidade, quando o anjo desapareceu. E nas palavras proferidas logo a seguir: "AGORA, SEI, VERDADEIRAMENTE, QUE O SENHOR ENVIOU O SEU ANJO E ME LIVROU DA MÃO DE HERODES E DE TODA A EXPECTATIVA DO POVO JUDAICO"(Atos, 12:11), encerra-se não apenas uma confissão do apóstolo libertado, mas ainda uma declaração valiosa para nós quando questionamos a credibilidade do acontecimento.

"PEDI, E DAR-SE-VOS-Á; BUSCAI E ACHAREIS; BATEI, E

ABRIRSE-VOS-Á". (Mt. 7:7).

À base de nossa própria experiência, dizemos que a oração pode fazer pelo menos duas coisas: pode reunir DEUS e um homem intimamente, e pode fazer acontecer coisas que, de outro modo, jamais sucederiam. A primeira coisa é a mais importante. Quando a oração se transforma em mero artifício automático, para que se obtenha alguma coisa em troca de nada, é porque está deixando de lado a mais majestática de todas as notas da oração...que a oração tem o poder de conduzir criaturas humanas finitas e uma relação de intimidade com DEUS infinito. A linguagem é a ponte de ligação entre os seres humanos. Assim também sucede com a ponte entre DEUS e o homem. Chegamos a conhecer um homem conversando com ele. Quanto mais profundamente desce um indivíduo em oração, tanto mais reduz ele o abismo que hé entre a sua pessoa e o seu Criador.

Mas a oração, na realidade, faz coisas acontecerem. Existem certas coisas que DEUS não nos pode dar enquanto não as queremos intensamente para que as peçamos a ele. Em última análise, obtemos exatamente aquilo que queremos na vida. Se um homem deseja dinheiro, mais do que qualquer outra coisa, o mais provável é que o obterá. Mas se deseja a bondade, mais do que qualquer outra coisa, o mais provável é que DEUS lhe conferirá exatamente isso. Contudo, antes de tudo, é preciso que aprenda como se deve pedir.

Portanto, a oração é um poder invisível, como a eletricidade. Pode atravessar muralhas e ultrapassar obstáculos.

Pode mover homens e montanhas. Jamais se diga, quando um homem está prostrado, que nada mais se pode fazer em favor dele. Pode-se orar por ele!

"EM VERDADE, EM VERDADE VOS DIGO: SE PEDIRDES ALGUMA COISA AO PAI, ELE VO-LA CONCEDERÁ EM MEU NOME. ATÉ AGORA NADA TENDES PEDIDO EM MEU NOME, PEDI E RECEBEREIS, PARA QUE A VOSSA ALEGRIA SEJA COMPLETA". ( Jo.16: 23-24).

"SE PERMANECERDES EM MIM, E AS MINHAS PALAVRAS PERMANECEREM EM VÓS, PEDIREIS O QUE QUISERDES, E VOS SERÁ FEITO". (Jo. 15:7).

FONTES:

BÍBLIA SAGRADA.

Livros: N.T.Comentários e Mensagens.

N.T.Interpretado.

Atos - Introdução e Comentários.

Wilson de Oliveira Carvalho

Wil
Enviado por Wil em 02/01/2006
Código do texto: T93516