A vinda de Jesus

         Uma mulher ainda uma criança, recebe a incumbência que certamente, pela sua idade, não teria o que dizer. E mesmo sem entender nada do que estava ocorrendo aceitou. A sua inocência, a sua formação religiosa e espiritual sem duvida foi responsável por aquela resposta; SIM.

         Dois contrastes; uma primeira mulher nega todo o projeto de Deus, através da sedução, através da desobediência. Pela vaidade é tentada e não resiste assim, nega dizendo; Não. Porém, Deus usa de outra mulher (Maria), e esta sim, dá inicio a restauração do projeto de Deus para humanidade.


         Dizemos sempre e em auto tom que Deus nos dá o livre arbítrio, isto é, o direito da escolha; o direito de decidir nossos próprios caminhos e destinos.  Foi nesta liberdade que Maria respondeu ao anjo, ainda que sem entender e sem ter conhecimento do projeto de Deus.


         O natal é a conseqüência desta resposta. Este é o grande Mistério que nós somos envolvidos neste tempo a refletir. O salvador vem abrir as portas do céu, ser o Emanuel (Deus Conosco).


         Deus sempre surpreende, jamais imaginaram que o Messias viria da maneira como veio, pelo contrario, acreditava-se que sua vida seria numa família real; que nasceria em um palácio, no esplendor da realeza humana. No entanto, veio por meio de pessoas simples, pequenas e nasce num estábulo.


         A preferência de Deus é pelos pequenos, pelos simples isto é algo que os poderosos não conseguem entender. Como pode o Todo Poderoso Onisciente, Onipotente, Onipresente ser tão simples assim? Ao ponto de não se sentar com os poderosos dispensando-os e se estabelecer no meio dos pequenos?


         O cântico de Maria retrata este feito de Deus. É assim, que Ele vai construindo a história e que consegue nos envolver neste lindo Mistério da encarnação e tantos outros que sucedem.


         Sabemos que em dezembro - o natal -  há varias condições que favorecem as compras, e que, de certa maneira o comercio tem sua influencia. Mas não podemos negar que somos acometidos e envolvidos por uma mística; um sentimento de fraternidade; um espírito de comunhão; uma força estranha que nos une, nos fazendo amar mais, ser mais solidários. Quanto mais aproximamos do natal, mais a intensidade deste espírito cresce.

         Nestes dias estamos mais propensos as ser emotivos, a entrarmos no clima do nascimento de Jesus. Num clima de festa. Este é um sinal intrínseco de nossa dimensão espiritual; de nossa filiação eterna. Somos contagiados pela graça e pelo amor de Deus.