"Senhor, mostra-nos o Pai!" (Jo 14, 8)

Há quem pense em Deus como o "grande relojoeiro", aquele ser distante que montou a engrenagem do Universo e cuida de seu mecanismo, uma espécie de engenheiro de operações para supervisionar a seqüência dos dias e das noites? Será que isto é conhecer a Deus?

Há quem imagine Deus como um policial de plantão, de olho na gente, pronto a intervir com a punição e o castigo adequado a cada transgressão da Lei. Será que isto é conhecer a Deus?

Há quem se lembre de Deus na hora das dificuldades, quando as coisas escaparam totalmente de nosso controle humano; então, como quem se vale da varinha mágica ou do gênio da lâmpada, recorremos ao poder superior sempre pronto a quebrar nossos galhos e atender às nossas veleidades. Será que isto é conhecer a Deus?

Ainda há quem se utilize de Deus como uma espécie de espada suspensa no teto, com a qual se torna possível fazer que crianças arteiras andem na linha: "Papai do Céu não gosta de menino que faz coisa feia!" Não admira que as crianças cresçam e evitam toda aproximação desse deus-ameaçador! Será que isto é conhecer a Deus?

E pensar que Jesus veio a este mundo para sinalizar o amor do Pai! Para nos revelar a verdadeira face de Deus: um rosto de Pai, solidário com nossa dor, atento à nossa fome, alimentando as aves do céu e vestindo de ouro os lírios do campo!

E Jesus, a suspirar: "Se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celestial vos dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem!" (Lc 11, 13)

Orai sem cessar: "Senhor, mostra-nos o Pai!" (Jo 14, 8)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

evilazioribeiro
Enviado por evilazioribeiro em 08/03/2008
Código do texto: T892425
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