Do vazio ao trono: a jornada do amor que preenche tudo
Era uma vez um Deus que escolheu começar onde ninguém queria nascer.
Na palha humilde de uma manjedoura, o Infinito fez morada no finito.
Ali, o vazio da manjedoura não era ausência, mas promessa: a promessa de que até os lugares mais simples podem conter o Eterno.
Ele cresceu, e com Ele cresceu a esperança do mundo.
Depois, veio a cruz — rude, seca, despida.
A cruz vazia não é o fim, mas o marco de uma vitória silenciosa.
Ali, onde muitos viram derrota, Ele selou o amor mais corajoso.
O sangue escorrido não manchou a história: lavou a alma da humanidade.
Na cruz vazia, ficou a lembrança de um amor que não desiste.
Então, o túmulo. Selado pela pedra, cercado pelo medo.
Mas o túmulo vazio é o grito silencioso da Ressurreição.
Ali, onde tudo parecia acabado, brotou a Vida que não morre.
O vazio do túmulo ecoa nos corações: "Ele venceu a morte!"
E agora, o Trono. Não um trono de ouro apenas, mas de glória, justiça e misericórdia.
O Trono ocupado é sinal de que o Céu tem Rei, e esse Rei conhece o chão da manjedoura, o peso da cruz, o frio do sepulcro.
Ele reina com mãos marcadas de pregos e coração transbordando de compaixão.
Reina porque venceu o que parecia invencível.
Reina porque amou até o fim.
Reina porque, no fundo de todos os vazios, Ele sempre foi plenitude.
Do estábulo ao Trono, Ele não deixou nada vazio — preencheu tudo com sentido, e em cada ausência, plantou a certeza de Sua presença eterna.