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Deus deu ao mar o perigo e o abismo”

  Já não bastava o perigo, já não bastava

  o abismo, Fernando?

 

Até quando duvidarás da verdade absoluta?

Que o mar é um cristal derretido e sereno

É pequeno o mundo de quem crê em Deus

 

 É preciso navegar em águas profundas

Água viva, desde a mais tenra idade

Pois, a tempestade, começa no pensamento

 

E a Pessoa acaba sendo o que pensa de

si mesma e de Deus, Mas, no julgamento,

cada um tem a sentença

 

 

 Toma posse da avença e vive eternamente

no celeiro de Deus, ou no palheiro da chama 

Que arde, queima e não consome

 

 

 

Os mais otimistas navegam tranquilos em águas

turbulentas. Os pessimistas vivem turbulências

em águas tranquilas

 

 Naufragam, afundam e se afogam em suas mágoas,

como se a água pura e cristalina

fosse um mar de lama

 

Onde, se agitam animais de todo porte

Navegam naus para a vida ou para a morte

E o Leviatã criado para brincar nas ondas.

  

 Ó, mar insondável de águas profundas!

Não permita que tuas ondas iracundas

Venham sucumbir-nos no abismo.