O Mistério que o Mundo Precisa Descobrir
Ah, se o mundo soubesse o mistério que se desenrola no altar, onde o céu toca a terra e o tempo se curva à eternidade!
Se o mundo compreendesse que ali, no silêncio do pão e do vinho, Cristo se entrega novamente por amor, o correr das horas cessaria, e os corações inquietos encontrariam repouso.
Na Missa, o ordinário é transfigurado: um pedaço de pão torna-se Corpo, um cálice de vinho transforma-se em Sangue.
Não há ouro ou poder humano que alcance tamanha preciosidade!
É a oferta perfeita, o sacrifício renovado,
o abraço divino que redime e eleva.
Mas o mundo corre, distraído pelas luzes passageiras, cego à luz que brilha no Cordeiro imolado.
Se soubessem que a Missa é o pulsar do coração da Igreja, a fila seria infinita, as multidões tomariam as praças, e soldados seriam necessários não para defender, mas para organizar a sede daqueles que querem adentrar.
Ah, como é triste o desconhecimento!
Na Missa, o passado da Cruz, o presente do altar e o futuro do céu se unem em harmonia divina.
É um pedaço do paraíso, uma ponte entre o finito e o eterno.
Se o mundo soubesse, os sinos não precisariam convidar, porque os corações correriam à casa do Pai.
E ali, entre gestos e palavras, encontrariam a paz que o mundo não dá e a alegria que não conhece fim.
Por isso, quem sabe, não se cala:
seja voz que proclama, seja luz que atrai.
Pois, no altar, está a maior prova do amor:
o Deus que se faz pão, o Cristo que se faz nosso.