Solenidade de todos os santos (Mt 5,1-12a)(03/11/24)

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1. Caríssimos, a Igreja hoje celebra a solenidade de todos os santos e santas elevados aos altares, ou seja, os eleitos segundo a vontade de Deus para o louvor da Sua glória. Na primeira leitura são João nos dá a conhecer a imensa multidão dos redimidos do Senhor: "Depois disso, vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar." (Ap 7,9).

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2. De fato, a santidade é a vontade de Deus realizada em todos os sentidos da nossa vida, como o Senhor nos ensinou: "Sede santos como o vosso Pai celeste é Santo." (Mt 5,48). Ora, na Palavra que o Senhor nos fala já está o poder de se cumpri-la, como Ele mesmo disse: "Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado." (Jo 15,3).

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3. De fato, Sua Palavra é criadora, redentora e realizadora da Sua Santa vontade, quem a obedece torna-se morada da Santíssima Trindade; quem não a obedece não o segue, porque não o ama.(cf. Jo 14,23-24)

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4. No Evangelho de hoje o Senhor nos ensina a via da perfeição que nos leva ao céu: "Bem-aventurados os pobres de coração, porque deles é o Reino dos Céus». Ora, como pode ser feliz uma pessoa pobre de coração? Sem dúvida, porque ela é aquela cujo tesouro é infinito, ou seja, o Reino de Deus.

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5. "Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados." Como podem ser felizes, aqueles que choram? Porque têm compaixão e se comovem ao sentir no coração a dor que existe na própria vida e na dos outros. Eles são felizes, porque a mão terna de Deus os consola e acaricia." E assim acontece com as outras bem-aventuranças.

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6. Por fim, acompanhemos com atenção esta exortação de são Teodoro Estudita (séc. VIII): "Rejubilai, peço-vos, cidadãos dos Céus, embora exilados neste mundo; habitantes da Jerusalém celeste (cf Gl 4,26), embora banidos dos assuntos deste mundo; herdeiros do reino dos Céus, embora deserdados e não tendo parte nos prazeres terrenos!

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7. Sim, meus filhos, reunidos por Deus, alimentai-vos do alimento do Espírito e bebei a água dada pelo Senhor; quem vier a possuir esta água nunca mais terá sede, pois ela será para ele uma fonte que jorra para a vida eterna (cf. Jo 4,14). Mais um pouco e teremos vencido. E seremos felizes, como felizes serão chamados os locais, os pais e as pátrias que vos terão gerado (cf Lc 11,27-28).

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.