PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 6,39-42)(13/9/24)
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1. Caríssimos, seguir o Senhor Jesus fielmente nesta vida é a maior dádiva que Dele recebemos. Todavia, precisamos nos inteirar que só a Ele foi dado todo poder sobre o céu e sobre a terra e somente Ele julgará os vivos e os mortos no último dia; cabe a nós conservar o santo temor e evitar todo tipo de pecado, especialmente o de julgar e condenar os nossos irmãos e irmãs.
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2. Aliás, na Carta aos Romanos, São Paulo nos exorta: "Assim, és inescusável, ó homem, quem quer que sejas, que te arvoras em juiz. Naquilo que julgas a outrem, a ti mesmo te condenas; pois tu, que julgas, fazes as mesmas coisas que eles.
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3. Ora, sabemos que o juízo de Deus contra aqueles que fazem tais coisas corresponde à verdade. Tu, ó homem, que julgas os que praticam tais coisas, mas as cometes também, pensas que escaparás ao juízo de Deus?" (Rm 2,1-3).
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4. Também São Tiago falando a respeito desse terrível pecado, escreveu: "Falai, pois, de tal modo e de tal modo procedei, como se estivésseis para ser julgados pela lei da liberdade. Haverá juízo sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o julgamento." (Tg 2,12).
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5. Com efeito, no Evangelho de hoje o Senhor Jesus usa duras palavras para com aqueles que vivem espionando a vida dos outros esquecendo que são tão humanos e pecadores quanto àqueles de quem se fazem juízes.
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6. Diz o Senhor: "Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho? Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão." (Lc 6,41-42). Ou seja, para ajuda-lo a sair da escravidão do pecado em que se encontra.
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7. Portanto, caríssimos, quem só vive para olhar os pecados dos outros, julga-los, critica-los e condena-los, outra coisa não carrega na alma senão os pecados julgados. Ora, a correção fraterna existe e faz um bem enorme, porém, somente quando a verdade que dizemos àqueles que corrigimos não são acusações ou falta de caridade, mas desejo sincero de santidade e justiça para que se corrijam e vivam em estado de graça.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.