Olhar os céus... E refletir sobre a vida...
“Elevo meus olhos para os montes, de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que criou os céus e a terra”... (Salmo 121)
Gosto de lugares tranquilos, de preferência montanhas, especialmente em noites sem luar, quando o céu está livre da poluição e das nuvens, permitindo-nos observar a vastidão do firmamento repleto de estrelas. Nessas ocasiões, reflito sobre a imensidão do universo e a brevidade da nossa existência terrena, ponderando sobre a possibilidade de uma continuidade além desta vida.
Entre bilhões de estrelas que compõem o universo visível, cada uma pode ter seu próprio sistema solar, com planetas orbitando ao redor de uma estrela. Fazemos parte de um sistema solar específico, criado por Deus para ser nossa morada. Cada conjunto de estrelas e seus planetas formam galáxias, das quais existem bilhões espalhadas pelo universo. Estima-se que nossa galáxia, conhecida como Via Láctea, seja um aglomerado gigantesco de aproximadamente 100 bilhões de estrelas.
O Sol é uma das menores estrelas da Via Láctea. Antares, a maior estrela da nossa galáxia, tem um diâmetro de 241 milhões e 350 mil quilômetros; dentro dela, caberia todo o nosso sistema solar. Cada sistema solar no universo é composto por seu grupo de planetas orbitando uma estrela. Imagine, então, o número de planetas que existem no universo! A galáxia mais próxima da nossa é a M31, ou galáxia de Andrômeda, que está a 2,5 milhões de anos-luz de nós. (Nota: 1 ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, viajando a uma velocidade de 300 mil km/s, o que equivale a aproximadamente 10 trilhões de quilômetros).
Se construíssemos uma nave interestelar que viajasse à velocidade da luz, levaríamos 2,5 milhões de anos para chegar à galáxia de Andrômeda. Apenas no "quintal" da nossa Via Láctea, seu diâmetro é de 100 mil anos-luz. Curiosamente, se estivéssemos no centro da nossa galáxia, estaríamos a 30 mil anos-luz de distância do nosso sistema solar e do nosso planeta Terra.
Para localizar o nosso sistema solar, precisaríamos:
1. Usar um sistema avançado de telecomunicação estelar e aumentar um pequeno segmento do braço espiral da galáxia, onde se encontra o nosso sistema solar, em cerca de 40 vezes. Nesse aumento, o Sol, a Terra e os demais planetas do nosso sistema (Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão) apareceriam como manchas microscópicas, perdidas em um amontoado de estrelas e enormes nuvens de poeira estelar e hidrogênio brilhante e neutro.
2. Em seguida, maximizar essas nuvens gasosas em 625 vezes para que o Sol, a 30 mil anos-luz do centro da galáxia, pudesse ser visto junto com suas estrelas mais próximas.
E mais... Toda essa engenhosidade cósmica de sóis e planetas funciona sem barulho e sem desequilíbrio, em uma movimentação constante e inimaginável.
Por que, então, a pressa e o atropelo no dia a dia? Entre em contato com o Criador dos céus e da terra e conecte-se com o ritmo e a luz das estrelas. Que cessem todos os barulhos periféricos e lembre-se: Deus está no controle do universo. Se você ficar ansioso, o que resolverá? Se você se preocupar com a continuidade da vida, lembre-se do que disse Jesus: “Na casa de Meu Pai há muitas moradas.”
“Elevo meus olhos para os montes, de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que criou os céus e a terra”... (Salmo 121)