PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 9,14-17)(06/7/24)

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1. Caríssimos, a prática da fé requer certos exercícios espirituais que nos fazem crescer na graça, no conhecimento e na intimidade do Senhor; dentre eles estão a oração, o jejum e a esmola; todavia, tais exercícios requer discrição porque não são meras expressões externas de penitência; mas sim, convivência com o Senhor com o firme propósito de vencer-nos à nós mesmos para assim realizarmos a sua santa vontade.

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2. Sem dúvida vivemos num mundo de aparências e quantos não são aqueles que fazem de tudo para obterem fama, prazer e riqueza ainda que à custa do jogo sujo do inimigo de nossas almas; e o resultado é um mundo infestado de pecados e perdição.

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3. Ora, a moda ditada pelas tentações carnais e espirituais é concordar, defender e praticar tudo o que contraria os santos mandamentos da lei de Deus, esquecendo-se que todos prestarão contas de seus atos: "Porque está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará glória a Deus (Is 45,23). Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus." (Rm 14,11-12).

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4. São Paulo prevendo isso escreveu: "Nota bem o seguinte: nos últimos dias haverá um período difícil. Os homens se tornarão egoístas, avarentos, fanfarrões, soberbos, rebeldes aos pais, ingratos, malvados, desalmados, desleais, caluniadores, devassos, cruéis, inimigos dos bons, traidores, insolentes, cegos de orgulho, amigos dos prazeres e não de Deus, ostentarão a aparência de piedade, mas desdenharão a realidade. Dessa gente, afasta-te!" (2Tm 3,1-5).

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5. Portanto, caríssimos, escutemos atentamente o Senhor e ponhamos em prática as suas Palavras porque são a única fonte de paz e de segurança para as nossas almas. Eis o que Ele nos diz: "Pois desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. Esta é a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele crê, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia." (Jo 6,38.40)

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6. Comentando este Evangelho disse o Papa Francisco: "Só Jesus pode garantir que, nos ramos da sua vinha, os homens encontrem não apenas uvas bravas (cf. Is 5,4), mas o vinho bom (cf. Jo 2,11), o da videira verdadeira, sem o qual nada podemos fazer (cf. Jo 15,5). Esse é o propósito da Igreja: distribuir o vinho novo, que é Cristo, em todo o mundo.

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7. Nada pode nos impedir de cumprir essa missão. Ainda precisamos de odres novos, pois tudo o que fazemos não é suficiente para torná-los descendentes do vinho novo que eles são chamados a conter e expressar. No entanto, justamente por isso, acontece de os vinhateiros perceberem que, sem o vinho novo, continuarão sendo uma pedra fria, capazes de lembrar o gosto, mas não de dar o sabor.

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8. Por favor, não deixe que ninguém os distraia desta meta: dar a todos o vinho novo!" (Papa Francisco - Discurso aos bispos participantes do Curso da Congregação para os Bispos, 13 de setembro de 2018).

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.