PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 5,33-37)(15/6/24)

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1. Caríssimos irmãos e caríssimas irmãs, a liturgia deste dia nos ilumine com a meditação de parte do Sermão da Montanha, célebre ensinamento do Senhor Jesus, por meio do qual ele eleva à plenitude a Lei divina do amor de Deus, dada ao povo eleito por meio de Moisés no monte Sinai. 

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2. E hoje meditamos sobre a transparência com que devemos dar o nosso testemunho de fé, por meio da prática da vida, pois esta é uma prática diária que resulta no estado de alma que temos de acordo com o bem ou o mal que fazemos, dependendo das nossas escolhas e decisões. 

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3. De uma coisa fiquemos certos a vida é uma missão e quando a cumprimos fielmente conforme a graça que nos é dada, tudo concorre para o bem de nossas almas e para a nossa felicidade eterna, como vimos na primeira leitura, em que o Profeta Elias, a pedido de Deus, chamou como servo Eliseu, para dar continuidade à missão profética que o Senhor lhe confiara.

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4. Ora, um dos fundamentos da missão é a renúncia de si mesmo, isto é, da própria vontade, pondo-se à disposição do Senhor, para realizar os seus desígnios de amor. Escutemos, então, com humildade e atenção estas palavras do Senhor Jesus: "De mim mesmo não posso fazer coisa alguma. Julgo como ouço; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." (Jo 5,30).

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5. De fato, muitos não são felizes porque não abrem mão da própria vontade, querem que Deus se adapte ao seu modo de viver, carregado de caprichos e apegos que não passam de entraves impostos contra a livre ação do Espírito Santo; por isso, quando as coisas não acontecem como planejaram se afastam da fé e passam a viver de acordo com a mediocridade da indiferença que cultivam. 

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6. Portanto, caríssimos, eis o que diz o Senhor no Evangelho de hoje: "Seja o vosso ‘sim’: ‘sim’, e o vosso ‘não’: ‘não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno”. (Mt 5,37). Decerto, esta é a regra de ouro que nos firma na verdade: bem é bem; mal é mal, e nunca se misturam. Ou seja, o que é mal só vem do mal; o que é bem só vem do bem. 

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7. Por isso, muito cuidado com o bem aparente, pois este não passa de armadilha perversa que nos afasta do estado de graça, como Jesus nos ensinou: "Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. 

 

8. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus! (Mt 7,21-23). 

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9. Eis então como discernir o bem verdadeiro: "Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus. Não provém das obras, para que ninguém se glorie. Somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos." (Ef 2,8-10). 

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10. Por fim, escutemos atentamente este comentário de São João Maria Vianey: "Jesus Cristo recomenda-nos que tenhamos o cuidado de não nos associarmos a ninguém que seja enganador por palavras ou por obras. De fato, meus irmãos, vemos que nada é mais indigno de um cristão, que deve ser fiel imitador do seu Deus, que é a própria justiça e a verdade, do que pensar uma coisa e dizer outra. 

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11. É por isso que Jesus Cristo nos recomenda no Evangelho que nunca mintamos: "A vossa linguagem deve ser: "Sim, sim; não, não". E São Pedro diz-nos que sejamos como as criancinhas, simples e sinceras, inimigas da mentira e da dissimulação (cf. 1P 2,2).

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(São João-Maria Vianney (1786-1859), presbítero, Cura de Ars - Sermão para o 7.º Domingo depois do Pentecostes). 

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Paz e Bem! 

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Frei Fernando Maria OFMConv.