PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 9,30-37)(21/5/24).
1. Caríssimos, para seguirmos os desígnios do Senhor Jesus, isso requer amor incondicional, ou seja, submissão amorosa, obediência à toda prova, na certeza de que Ele nos conduz por sua via de retidão até atingirmos a perfeição por Ele desejada para as nossas almas.
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2. Todavia, para que todas essas graças aconteçam precisamos deixar o mundo com suas atrações e contradições, como ouvimos na primeira leitura tirada da Carta de São Tiago: "Adúlteros, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Assim, todo aquele que pretende ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus." (Tg 4,4).
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3. Ora, mas o que significa esse abandono do mundo? São João nos explica muito bem isso na sua primeira carta: "Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo - a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida - não procede do Pai, mas do mundo. O mundo passa com as suas concupiscências, mas quem cumpre a vontade de Deus permanece eternamente." (1Jo 2,15-17).
4. No entanto, para isto precisamos manter o silêncio dos pensamentos, isto é, o silêncio interior, para assim escutarmos o Senhor no coração de nossas almas, a nossa consciência, onde Ele nos fala por meio da Sua Palavra, por meio da Santa Eucaristia, e pela inspiração do Espírito Santo.
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5. De fato, quem escuta o Senhor Jesus e trilha os seus caminhos permanece em estado de graça e facilmente chagará ao céu, porque já não vive para si, mas para o Senhor que nos amou até a última gota de seu Sangue Redentor.
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6. Sem dúvida, a recompensa para quem ama Cristo assim é viver a felicidade que não tem fim, como Ele mesmo disse aos discípulos quando estes o indagaram sobra a renúncia de tudo: "Eis que nós deixamos tudo e te seguimos".
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7. Respondeu Jesus: "Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, receberá cem vezes mais agora, durante esta vida — casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, a vida eterna." (Mc 10,29-30).
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8. Decerto, "a simplicidade é um hábito da alma que exclui todo o artifício e a torna imune à malícia. A ausência de malícia é um estado alegre da alma, que a liberta de segundas intenções. A primeira prerrogativa da infância é a simplicidade sem artifícios; enquanto a conservou, Adão não viu a nudez da sua alma nem a indecência da sua carne.
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8. Todos nós, que queremos atrair o Senhor, aproximemo-nos dele como discípulos do mestre, com toda a simplicidade, sem hipocrisia, sem malícia, sem artifícios nem complicações. Visto que Ele próprio é totalmente simples, quer que as almas que Se aproximam dele sejam simples e inocentes. Porque nunca encontrareis a simplicidade separada da humildade."
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(São João Clímaco (c. 575-c. 650), monge do Monte Sinai - A Escada Santa, 24º degrau).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.