PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 16,20-23a)(10/5/24)
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1. Caríssimos, as adversidades, contrariedades e todo tipo de luta espiritual que enfrentamos no nosso dia a dia, são fortes motivos para nos mantermos em estado de graça, pois, a fé no Senhor Jesus nos ensina que Ele é Deus e tem tudo sob controle, por isso, nada poderá abater seus filhos e filhas que Nele confiam e esperam.
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2. Na primeira leitura de hoje vimos que em meios as perseguições que Paulo e seus colaboradores sofriam, eles mantiam o diálogo com o Senhor que lhes conduzia para se permanecerem confiantes e assim realizar a obra da evangelização à qual o Senhor lhes confiara.
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3. E o resultado era o crescimento do número daqueles que se convertiam ao Senhor e passavam a fazer parte das ovelhas do seu rebanho, seguindo fielmente os seus ensinamentos transmitidos por seus enviados cuja missão salvífica cumpriam na íntegra.
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4. "No Evangelho de hoje Jesus assegurou-nos: "vós haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza há de converter-se em alegria! Eu hei de ver-vos de novo! Então o vosso coração há de alegrar-se e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria"(Jo 16,20.22). "Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa". (Jo 15, 11).
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5. Existem momentos difíceis, tempos de cruz, mas nada pode destruir a alegria sobrenatural, que "se adapta e transforma, mas sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de, não obstante o contrário, sermos infinitamente amados".
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6. É uma segurança interior, uma serenidade cheia de esperança que proporciona uma satisfação espiritual incompreensível à luz dos critérios mundanos." (Papa Francisco, Gaudete et Exsultate).
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7. Destarte, meditemos com estas palavras do Mons. Ângelo Spina: "Em verdade, em verdade, eu vos digo: chorareis e ficareis tristes, mas o mundo se alegrará. Sereis afligidos, mas a vossa aflição transformar-se-á em alegria". Com isso, Jesus antecipa o que acontecerá depois da sua morte: o mundo alegrar-se-á e os seus ficarão tristes.
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8. Na vida de fé, na caminhada com Jesus, é necessária a visão longa da profecia e da esperança, contra a visão curta do interesse próprio e do instinto. "A vossa aflição transformar-se-á em alegria", conclui Jesus, e para o explicar, traz o exemplo da mulher que dá à luz.
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9. As dores do parto são, em intensidade, comparáveis às da morte. No entanto, a mãe sabe que se trata de uma dor pascal, ou seja, uma dor que resultará no nascimento de uma nova vida. Que energias imensas de vida e de amor devem conduzir a natureza a realizar uma passagem tão prodigiosa para um ser tão pequeno e indefeso. É a passagem pela morte que conduz a uma vida nova.
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10. Este simbolismo insere-se perfeitamente no mistério pascal de Cristo, a sua passagem pela morte que conduz ao dom de uma vida nova, que os discípulos experimentarão misteriosamente. Mas esta é também a dinâmica real de toda a vida humana, que se configura como um nascimento.
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11. Também nós, seguindo o exemplo de Jesus, nos encontramos como que dentro do ventre de uma mãe que nos dá à luz com dor a vida mais bela e plena. Todos os sofrimentos, dores, limitações e dificuldades que encontramos a nível pessoal e social não são mais do que as dores de parto da criação, que geme e sofre até ao nascimento definitivo dos filhos de Deus, que por isso, nutre a esperança da alegria sem fim."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.