Sinceridade: a essência do interior humano
“Não paguem a ninguém o mal com o mal; a preocupação de vocês seja fazer o bem a todos os homens” (Rm 12,17).
Nada mais gratificante do que encontrarmos um coração sincero, mas a sinceridade precisa vir acompanhada do bom senso. Não adianta emitir uma opinião quando o outro não está interessado em ouvir ou entender.
Não devemos falar de imediato aquilo que vem na cabeça, isso não é sinceridade, é precipitação. Sinceridade é uma outra coisa, é ter qualidade e cuidado no que fala. É zelar pela vida e imagem do próximo. Não sejamos portadores de mensagens dos outros, isso não é sinceridade, é “disse me disse”.
Ser sincero com alguém é uma virtude que exige momento e hora certa. Por mais que sejamos sinceros, não podemos impor ao outro a “nossa verdade”, principalmente quando ela vem acompanhada por uma intriga. Depois da primeira mentira, toda verdade vira uma dúvida, isso é fato. Verdade? Ninguém é dono dela. Cada ser vive a sua, até que você encontre “alguém” que se preocupa e se importa com você, muda sua opinião e entra para a sua história.
Ser sincero é uma maneira de conquistarmos a confiança do outro. Confiança gera respeito e amor fraterno. Uma grande vantagem em usarmos da sinceridade é que não teremos que enfrentar a vergonha de sermos descobertos em falsidades.
É com sinceridade que iremos ser exemplos para os nossos filhos, pois somos os primeiros educadores a ensinar-lhes os valores morais e a beleza da honestidade.
Sejamos sinceros sempre, mas na defesa do caráter e não para mostrar a superioridade interior. Defender a verdade acima de tudo, porém não no sentido da expressão: “doa a quem doer”, isso não é sinceridade, é arrogância e não levará o próximo a voos que o deixem mais próximos de Cristo, que é o defensor da verdade.
"Retalhos do Cotidiano " - Reflexões que alimentam a alma e te fazem gigante diante da fé