PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 3,7b-15)(09/4/24)

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1. Caríssimos, Deus criou os homens dotados de inteligência e de todos os dons para fazerem somente o bem e encontra-lo em todas as virtudes que praticassem, pois tudo lhe pertence. 

 

2. Ocorre que depois da queda no pecado entrou no coração dos homens a divisão que quebrou a unicidade divina plasmada em suas almas e com isso perderam a comunhão entre si e com o seu criador e Pai.

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3. Todavia, para voltarmos à unidade entre nós e a comunhão filial com Ele, Deus enviou o Seu Filho Jesus Cristo para vencer as forças do maligno que tinha no pecado e na morte o seu poder. Desse modo, o Senhor nos reconciliou com o nosso Pai celestial. 

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4. É bem como nos ensina São Paulo: "Mas Deus, que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em conseqüência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo - é por graça que fostes salvos! -, juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos céus, com Cristo Jesus." (Ef 2,4-6).

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5. A primeira leitura de hoje nos mostra a comunidade formada pelos Apóstolos vivendo esta unidade do Espírito Santo: "A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum." (At 4,32).

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6. De fato, esse relato demonstra que quando o coração humano está repleto do amor de Deus não tem lugar para os apegos materiais, para as divisões ou algo semelhante. Isto porque, como disse são Paulo: "Pois todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. E, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, contanto que soframos com ele, para que também com ele sejamos glorificados." (Rm 8,14.17).

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7. Decerto, o Senhor Jesus é o Criador que vem até nós pessoalmente, nos redime por sua morte e ressurreição e permanece conosco em sua Santa Igreja; e por meio dos seus escolhidos nos conduz à glória do seu reino. Mas, para isto, disse Ele a Nicodemos: "é preciso nascer do alto," isto é, da água e do Espírito Santo no batismo." 

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8. Referindo-se a isso escreveu Santa Teresa Benedito da Cruz: "Quem és Tu, suave luz que me sacias e que iluminas as trevas do meu coração? Guias-me como a mão de uma mãe, e se me soltasses, eu não poderia dar nem mais um passo.

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9. És o espaço que envolve o meu ser e me protege. Longe de Ti, naufragaria no abismo do nada de onde me tiraste para me criar para a luz. Tu, mais próximo de mim que eu própria, mais íntimo que as profundezas da minha alma,

e contudo incompreensível e inefável, para além de todo o nome, Espírito Santo, Amor Eterno!

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10. Não és Tu o doce maná

que do coração do Filho

transborda para o meu, o alimento dos anjos e dos bem-aventurados? Aquele que Se elevou da morte à vida

também me despertou do sono da morte para uma vida nova. 

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11. E, dia após dia,

continua a dar-me uma nova vida, cuja plenitude me inundará um dia por completo, vida procedente da tua vida, sim, Tu mesmo, Espírito Santo, Vida Eterna!" (Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa - "Pentecostes" 1942).

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.