PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 12,28b-34)(8/3/24)
"Tu não estás longe do Reino de Deus."
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1. Amados irmãos e amadas irmãs, eis o que diz o Senhor: "O Reino de Deus já está no meio de vós." Talvez muitos não entendam isto, porque para fazer parte do Reino de Deus é necessário ter em Cristo o seu ingresso nele, bem como Ele nos ensinou: "Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância." (Jo 10,9-10b).
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2. Com efeito, eis o que escreveu São Paulo sobre isto: "O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e gozo no Espírito Santo. Quem deste modo serve a Cristo, agrada a Deus e goza da estima dos homens. Portanto, apliquemo-nos ao que contribui para a paz e para a mútua edificação." (Rm 14,17-19).
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3. E ainda: "Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não abuseis, porém, da liberdade como pretexto para prazeres carnais. Pelo contrário, fazei-vos servos uns dos outros pela caridade, porque toda a lei se encerra num só preceito: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18)." (Gl 5,13-14).
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4. Com efeito, quando tratamos do amor a Deus e ao próximo, como Jesus nos ensinou, tratamos da vida vivida em Deus, porque Deus é amor. São Paulo se referindo a isto disse: É em Deus que vivemos, nos movemos e somos." (At 17,28a). De fato, quando falhamos na vivência do amor fraternal, o nosso convívio natural é cheio de conflitos, interpessoais, familiares, profissionais, na comunidade eclesial, etc.
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5. Todavia, o amor é o antídoto contra todos os conflitos, como disse o Senhor (cf. Mt 5,44-48), de modo que podemos amar e rezar pelos nossos inimigos para libertá-los do mal que fizeram contra nós; podemos também interceder para que se realize a vontade de Deus nos corações atingidos pela incredulidade. De fato, não existe obstáculos para quem ama.
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6. A respeito do amor a Deus e de como vive-lo, escutemos santo Agostinho: "Não duvido, Senhor; na minha consciência tenho a certeza de que Te amo. Bateste ao meu coração com o teu Verbo e eu amei-Te. Mas o que é que amo quando Te amo?
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7. Não é a beleza do corpo, nem o encanto de um momento, nem o brilho da luz que agrada aos meus olhos terrenos, nem as doces melodias dos hinos de todas as modas, nem o suave cheiro das flores, dos perfumes, dos aromas, nem maná nem o céu, nem os membros acolhedores dos abraços da carne. Não são estas as coisas que amo quando amo o meu Deus.
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8. E, no entanto, amo uma certa luz e uma certa voz, um certo perfume e um certo alimento e um certo abraço quando amo o meu Deus: luz, voz, perfume, alimento, abraço do homem interior que está em mim, onde brilha para a minha alma o que o espaço não alcança,...
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9... onde ressoa aquilo que o tempo não capta, onde se exala uma fragrância que o vento não dispersa, onde se saboreia um prato que a voracidade não reduz, onde se dá um abraço que a saciedade não afrouxa. É isso que amo quando amo o meu Deus." (Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona, doutor da Igreja - Confissões, X, 6).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.