A Parábola do Passageiro do ônibus
O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Jo 15:12
Dois homens conversavam entre eles dizendo: Eu sou totalmente contra essas pessoas que ajuda com algum dinheiro quem entra no ônibus ou no trem com bilhetinho ou às vezes falando pedindo ajuda e incomodando os passageiros.
Quando isso acontece no ônibus ou no trem que eu viajo eu viro a cara quem quiser que vá trabalhar eu trabalho desde pequeno e nunca precisei ficar mendigando em lugar nenhum. Então disse o outro homem: Sou igualzinho a você também não ajudo em nada quem quiser que se vire.
Nisso vinha se aproximando deles um cristão amigo deles, quando eles o viram o chamaram para saber qual seria a resposta dele. Um deles disse: Nós dois somos contra ajudar as pessoas que fica nos ônibus e no trem pedindo dinheiro porque algumas pessoas não querem nada com trabalho gosta de se dar bem sem fazer nada só na molezinha. E você é contra ou é favor?
Vocês sabem o que significa compaixão? Perguntou o cristão! Eles disseram não. Compaixão é um sentimento de pesar que no causam os males alheios, ou seja: comiseração, piedade e dó. E nos propõe o exercício de “sofrer com”.
Isso nos desafia a estar com aquele que está abatido e ajudá-lo a encontrar a esperança. Há momentos em que precisamos de ajuda, e há momento em que precisamos ajudar alguém. Essa é a proposta do evangelho. Preste atenção nessa historia de dois homens que por acaso pegaram o mesmo ônibus.
São dez e quarenta da manhã, preciso ir à cidade comprar duas bíblias pra entregar no domingo para duas pessoas que concluíram os estudos bíblicos, e nada desse ônibus aparecer! Depois de uns vinte minutos de espera em fim ele apareceu! Estendi a mão para o motorista que me atendeu parando no ponto onde eu estava, subi no ônibus e dei bom dia para ele que retribuiu educadamente já com o dinheiro na mão para adiantar.
Em silêncio observo os movimentos do motorista que apresenta um desempenho que mais parece a de um malabarista. Com a mão esquerda ele segura o volante com a direita tateia sua mão dentro de uma caixa procurando moedas pra me dar o troco, dividindo o olhar com a estrada para não bater em outro veiculo que vem em sentido contrario.
Vendo essa cena percebo como é selvagem o mundo empresarial que só pensa em se, desempregou tanta gente porque hoje não se vê cobrador em ônibus, em contra partida quando entra muita gente no ônibus o motorista é obrigado a pára pra atender os passageiros engarrafando toda a frente do ônibus, e ainda dizem que o Brasil é um país de todos, eu não vejo dessa forma o Brasil é sim um pais dos corruptos.
Peguei meu troco fiquei preso na roleta por pouco tempo até o motorista liberar escolhi um lugar próximo à janela porque no ponto onde eu pego o ônibus ainda está vazio, sentei-me e segui viagem.
Na próxima comunidade a coisa é diferente, de longe já dá pra ver a fila de pessoas aguardando esse ônibus. Repete-se tudo o que aconteceu comigo, só que dessa vez bem mais demorado devido ao numero de pessoas. Cada um vai passando procurando o seu lugar, ao meu lado sentou um senhor de cabelos grisalho bem vestido aparentando uns cinqüenta e dois anos com uma pasta preta, antes de sentar-se pediu licença acenei balançando a cabeça para ele que se sentou e em silêncio partimos.
No decorrer da viajem subiu no ônibus um menino de mais ou menos doze anos de idade e começou a distribui entre os passageiros um papel para cada um, quando ele chegou onde eu estava, o Senhor rejeitou o papel, eu peguei pra ler enquanto o menino foi até o final do ônibus distribuindo os demais papel, quando ele retornou ficou na frente de todos dando um tempo para que as pessoas lessem o que estava escrito para depois então começar a recolher.
Ao ler aquela mensagem descobri que a família do menino padecia de necessidade, meti a mão no bolso e retirei dois reais para dar ao menino quando subitamente o senhor de cabelos grisalhos exclamou dizendo: Eu não faço isso! Perguntei por quê? Ele quis justificar a sua falta de compaixão dizendo que sempre trabalhou desde pequeno e que nunca precisou fazer isso. Eu lhe respondi dizendo: cada caso é um caso, mas a compaixão deve ser comum a todos, porque ela nos faz dividir a dor do próximo.
E disse mais: Por ventura o senhor sabe o que está escrito em Mt 25:41-46? Ele disse-me não. Então abri a minha pasta peguei a bíblia e li para ele: “Então dirá também aos que estiverem á sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; Porque tive fome, e não me deste de comer, tive sede, e não me deste de beber; Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor; quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Então lhe responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes não o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno, mais os justos para a vida eterna”.
O senhor de cabelos grisalho ficou me observando sem dizer uma única palavra, quebrei o silêncio dizendo: Jesus se coloca no lugar dos necessitados, o senhor sabia disso? Ele balançou a cabeça dizendo que não. Enquanto isso o menino se aproximou de mim e pegou o papel com os dois reais que eu tinha separado para ele e foi para o interior do ônibus recolher o resto. Assim que ele retornou e passou por nós, o senhor de cabelos grisalho o chamou e lhe deu cinco reais, o menino agradeceu dizendo obrigado moço depois desceu do ônibus para continuar o seu trabalho em busca de misericórdia.
Um pouco depois o senhor deu sinal pra descer, mas antes de descer disse-me: obrigado irmão! Respondi acenando com a cabeça ele desceu do ônibus e foi embora. Espero que ele regue a semente que foi plantada em seu coração com atitudes que derivam do amor que são: compaixão, bondade, misericórdia, humildade, e perdão.
E que ele venha reconhecer que ninguém pode se considerar bem sucedido se nas suas atitudes não for revelado o amor para com o próximo. Ao concluir a sua historia o cristão perguntou aos dois homens: Quem demonstrou compaixão com o menino? Um deles disse: O que leu a bíblia.
E você? Perguntou o cristão ao outro homem. Os dois disse ele. Porque você ta dizendo que foram os dois? Perguntou o cristão. Porque depois que o que disse que era contra ajudar as pessoas terminou ajudando também o menino. E por que você acha que ele fez isso? Porque ele descobriu que Jesus Cristo se coloca no lugar dos necessitados. Muito bem! Disse o cristão. Hoje como o passageiro do ônibus aprendeu vocês também aprenderam. Portanto meus amigos a partir de agora façam o mesmo amém. E eles disseram amém.