Homilia do 1°Dom do tempo do Advento (Mc 13,33-37)(03/12/23)

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1. Amados irmãos e amadas irmãs, estamos no precioso tempo do Advento; cuja característica principal é a espectativa da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, não mais como o pastor em busca das ovelhas perdidas; mas, como justo juiz que há de julgar os vivos e os mortos; felizes são aqueles que se mantém vigilantes esperando-o como seu Senhor e Salvador.

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2. Com efeito, a criação sem a presença de Cristo nela não passa da finitude que a caracteriza, porque somente Ele nos liberta de tudo o que nos oprime neste mundo. Viver em Cristo é o sentido da nossa vida, bem como ele mesmo disse: "Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer." (Jo 15,5).

 

3. Na primeira leitura o Profeta Isaías reconhece diante do Senhor o estado pecaminoso em que vive o povo: "Todos nós nos tornamos imundície, e todas as nossas boas obras são como um pano sujo; murchamos todos como folhas, e nossas maldades empurram-nos como o vento." (Is 64,5).

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4. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus conta uma parábola nos mostrando que a atual situação da humanidade se assemelha à estória de um homem que fez uma viagem ao estrangeiro deixando aos seus comandados as tarefas que os prepara para a sua vinda.

 

5. Disse ele: "Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono da casa vem: à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer. Para que não suceda que, vindo de repente, ele vos encontre dormindo. O que vos digo, digo a todos: Vigiai!”. (Mc 13,35-37).

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6. Comentando esse Evangelho, disse o Papa Francisco: "Estar atentos e vigilantes são os pressupostos para não continuar a “desviar para longe dos caminhos do Senhor”, perdidos nos nossos pecados e nas nossas infidelidades; estar atentos e ser vigilantes são as condições para permitir que Deus irrompa na nossa existência, para lhe restituir significado e valor com a sua presença cheia de bondade e ternura.

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7. Maria Santíssima, modelo na expetativa de Deus e ícone da vigilância, nos guie ao encontro do seu Filho Jesus, revigorando o nosso amor por Ele. (Papa Francisco, Angelus, 03/12/17).

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8. Amados irmãos e amadas irmãs, por que repetidamente o Senhor Jesus nos alerta para sermos vigilantes?" É exatamente para não deixarmos o essencial pelas coisas fúteis deste mundo, ou seja, para não nos afastamos dele pela falta de piedade e oração; pela busca dos bens temporais e não dos bens eternos; pelo mal uso do tempo em invés de aproveitá-lo para crescermos em santidade e justiça diante dele.

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9. Pois, por falta de vigilância nos tornamos pedras de tropeço pra nós mesmos, ao invés de fazermos a sua vontade por meio das virtudes eternas que recebemos no batismo, porque são poucos os que as vivem, deixando de multiplicar os talentos recebidos para a salvação de todos.

10. Portanto, caríssimos, o convite desta liturgia se estende a todos: "Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono da casa vem: à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer. Para que não suceda que, vindo de repente, ele vos encontre dormindo. O que vos digo, digo a todos: Vigiai!" (Mc 13,35-36).

 

11. Destarte, a conversão é a visita que o Senhor Jesus faz no mais íntimo da alma chamando cada um pelo nome, por isso, é urgente escuta-lo para vivenciar esse processo e assim crescer na fé, na esperança e na caridade, que são as virtudes próprias do Seu discipulado. Amém! Assim seja!

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.