PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 11,1-4)(11/10/23).

 

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.

 

Atenção, muita atenção para esta exortação: quem não reza vive na indiferença e dificilmente cresce na graça e no conhecimento do Senhor, para usufruir do seu querer e do seu agir em meio às dificuldades deste mundo.

 

Meditemos com amor e atenção este pequeno sermão de hoje.

 

1. Caríssimos, o dom da oração sempre foi o meio mais eficaz do nosso encontro com Deus, pois é um dom do Espírito Santo que nos une diretamente a Ele. De fato, rezar é fazer um encontro, um diálogo espiritual. Todavia, precisamos silenciar para ouvir o que o Senhor tem a nos dizer e a nos comunicar das graças necessárias para a nossa salvação. 

 

2. Com efeito, esse encontro com o Senhor acontece espiritualmente no coração da nossa alma, isto é, em nossa mente, em nossa consciência livre de todos os maus pensamentos, aonde Deus nos escuta e responde as nossas súplicas e as nossas boas intenções. 

 

3. Por isso, a nossa oração, é se pôr em comunhão com o Senhor, é fazer o encontro mais significativo de nossa vida, pois nele nossa alma em estado de graça ou não se entrega inteiramente num profícuo diálogo de amor filial na espectativa de recebermos as graças almejadas. 

 

4. Desse modo, entendemos que a oração é um relacionamento interpessoal e não uma lista interminável de pedidos. Aliás, quando a oração não é um encontro que resulta num diálogo que transforma a nossa vida, ela é apenas um emaranhado de palavras ditas, eivadas de exigências ou sem a confiança devida. 

 

5. Decerto, esse tipo de oração torna-se como que uma prática espiritual cansativa, como se fosse uma pesada obrigação; e não uma iluminação do Espírito Santo que nos leva à perfeita intimidade com o Senhor da nossa vida, como são Paulo nos ensina: "Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças." (Fl 4,6).

 

6. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus ensina, a pedido dos Apóstolos, como exercitar o dom da oração rezando com eles o Pai nosso. E são estas as intenções da oração do Senhor: aproximar-se de Deus como Pai amoroso que sempre nos ouve e nos atende. 

 

7. Honra-lo com profundo respeito revelando quão santificado é o seu nome pela nossa prática da fé; pedir a vinda do Seu Reino de justiça, amor e paz; querer sempre o que é do seu agrado; suplicar para todos o necessário, livrando-nos do acúmulo indevido.

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8. Pedir perdão pelas ofensas pessoais cometidas, perdoar as praticadas contra nós, e pedir a graça de não mais comete-las; por fim, suplicar a sua proteção contra as tentações e investidas do maligno. Eis a mais perfeita oração que brota do coração em nosso encontro/diálogo com Deus.

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9. Portanto, caríssimos, quem encontra Deus no coração da sua alma, isto é, na sua consciência, e o escuta, recebe Dele a ciência, o descernimento, a sabedoria, o entendimento, a fortaleza e todas as outras virtudes necessárias para se manter de pé na sua presença em atitude de adoração e de total entrega.

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.