Homilia do 27°Dom do TC (Mt 21,33-43)(08/10/23)
Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem. Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.
A fidelidade a Deus é uma expressão do nosso amor a Ele, é o firme propósito de obedece-lo em tudo, é a incontestável evidência de que nos deixamos conduzir pelo Espírito Santo.
Ao seguirmos o exemplo da obediência de Cristo, somos seus verdadeiros discípulos; isto significa que não seguimos a mentalidade deste mundo; mas, pela graça da Sua Presença em nossas almas, nos tornamos exemplos vivos de fé, para todos que encontramos a caminho da eternidade.
Meditemos com amor e atenção esta homilia do 27°Dom do Tempo Comum.
1. Caríssimos, prestemos muita atenção nesta liturgia de hoje, pois ela trata da gravidade do pecado da incredulidade que é a causa de todos os males na obra da criação. Ora, o pecado da desobediência é uma terrível mancha espiritual que gruda na alma de quem conscientemente o comete.
2. De fato, ele arruína totalmente a vida de quem o pratica, tirando-lhe o estado de graça, afastando-o do amor e da misericórdia de Deus; em outras palavras, é uma espécie de escondirijo que abriga o maligno que passa a ocupar os espaços que antes eram ocupados pelas virtudes e as graças recebidas de Deus.
3. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus conta a parábola dos vinhateiros infiéis, mostrando aos mestres da lei e fariseus a origem do pecado da incredulidade que carregam na alma; e que por causa da dureza de seus corações, Deus lhes tira a herança do Seu Reino, dando a um outro povo que acolhe Sua Palavra e a põe em prática reconhecendo que Cristo é o Messias enviado para a salvação de todos os que Nele creem.
4. Comentando esse Evangelho escreveu o Papa, Bento XVI: "O Reino de Deus ser-vos-á tirado e entregue a um povo que produza os seus frutos" (Mt 21, 43). São palavras que fazem pensar na grande responsabilidade de quem, em todas as épocas, é chamado a trabalhar na vinha do Senhor, especialmente numa função de autoridade, e impelem a renovar a plena fidelidade a Cristo.
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5. Desta verdade fala a parábola dos vinhateiros infiéis, a quem um homem confiou a sua vinha, para que a cultivassem e colhessem os seus frutos. O dono da vinha representa o próprio Deus, enquanto a vinha simboliza o seu povo, bem como a vida que Ele nos dá para que, com a sua graça e o nosso empenho, possamos fazer o bem.
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6. Quando, de fato, "lhes enviou o seu próprio filho", escreve o evangelista Mateus, "[os vinhateiros] agarraram-no, expulsaram-no da vinha e mataram-no" (Mt 21,37.39).
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7. Deus entrega-se nas nossas mãos, aceita tornar-se um mistério insondável de fraqueza e manifesta a sua Onipotência na fidelidade a um projeto de amor que, no fim, prevê também o justo castigo para os ímpios (cf. Mt 21,41).
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8. Firmemente ancorados na fé, na pedra angular que é Cristo, permaneçamos n'Ele como o ramo que não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira. Só n'Ele, por Ele e com Ele é construída a Igreja, o povo da Nova Aliança."
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9. Amados irmãos e amadas irmãs, Deus nos criou "à sua imagem e semelhança", por amor e somente para amar, porque Ele é amor. Tudo o que em nós não é uma expressão do Seu Amor, a isto chamamos de pecado, que gera os males que acontece neste mundo.
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10. Destarte, fiquemos atentos e vigilantes para combatermos aos maus pensamentos que chegam à nossa mente, pois, são tentações que querem ocupar o espaço do amor de Deus em nossas almas, não os permitamos, porque a nossa vida pertence somente a Deus, e não aos maus pensamentos.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.