PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 14,22-36)(07/8/23).
1. Caríssimos, estamos à caminho do desfeixo final da história humana, pois a plinitude dos tempos, anunciada com a primeira vinda de Cristo (cf. Gl 4,4), nos faz protagonistas dos acontecimentos preparatórios para a sua Parusia definitiva, isto é, sua vinda escatológica.
2. Todavia, o Senhor nos indicou precisamente os sinais dessa sua segunda vinda (cf. Mt 24), mas não uma data precisa, pois esta, como Ele mesmo disse, só o Pai conhece (cf. Mt 24,36). Contudo, precisamos nos preparar para esse grandioso dia do Senhor, que virá quando menos pensarmos (cf. Mt 24,42.44).
3. Com efeito, também São Pedro, na sua segunda carta, nos fala desse acontecimento escatológico: "Entretanto, virá o dia do Senhor como ladrão. Naquele dia os céus passarão com ruído, os elementos abrasados se dissolverão, e será consumida a terra com todas as obras que ela contém.
4. Uma vez que todas estas coisas se hão de desagregar, considerai qual deve ser a santidade de vossa vida e de vossa piedade. Portanto, caríssimos, esperando estas coisas, esforçai-vos em ser por ele achados sem mácula e irrepreensíveis na paz." (2Pd 3,10-11.14).
5. No Evangelho de hoje, o Senhor Jesus nos faz caminhar com Pedro sobre as águas revoltas; façamos, então, uma comparação, o mar revolto é este mundo em que vivemos; Padro e os outros Apóstolos representa a humanidade na fragilidade de uma barca, isto é, da Igreja, que singra as tempestades desta vida rumo ao porto seguro do Reino de Deus, mas que tem em Jesus o comandante mor capaz de ergue-la quando esta vacila na fé.
6. Portanto, caríssimos, precisamos tocar o Senhor Jesus na Eucaristia com a nossa fé para sermos libertos do medo e nos sentirmos seguros por sua presença no barco da Santa Igreja e dizermos como os Apóstolos: "Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!” (Mt 14,36).
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Oremos:
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7. "A minha alma está nas tuas mãos. Meu Deus e meu socorro, só Tu perscrutas os rins e o coração, Tu conheces todas as minhas reflexões, Tu conheces as ondas, a tempestade, o tumulto dos meus pensamentos; mas eu vi-Te caminhar, ainda agora, sobre as águas agitadas do meu coração.
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8. Eis que desejei os teus preceitos, faz-me viver na tua justiça. Perdoa-me, meu Criador, sê indulgente, Tu que me formaste, tem piedade de mim, deixa-Te dobrar, sê misericordioso e compassivo, e já que estou mergulhado no mar desta vida, estende-me a tua mão verdadeiramente divina e, como a Pedro, puxa-me para Ti. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo." Amém! Assim seja! (Livro das Horas do Sinai (século IX)
Cânone da meia-noite, 4.ª Ode; SC 486).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.