MATRIMÔNIO: Uma comunhão indissolúvel

A comunhão conjugal caracteriza-se não só pela unidade mas também pela sua indissolubilidade: “Esta união íntima, já não é dom recíproco de duas pessoas, exige, do mesmo modo que o bem dos filhos, a inteira fidelidade dos cônjuges e a indissolubilidade da sua união”.

É dever fundamental da Igreja reafirmar vigorosamente a doutrina da indissolubilidade do matrimônio: a quantos, nos nossos dias, consideram difícil ou mesmo impossível ligar-se a uma pessoa por toda a vida e a quantos, subvertidos por uma cultura que rejeita a indis-solubilidade matrimonial e que ridiculariza abertamente o empenho de fidelidade dos esposos, é necessário reafirmar o alegre anúncio da forma definitiva daquele amor conjugal, que tem em Jesus Cristo o fundamento e o vigor.

Radicada na doação pessoal e total dos cônjuges e exigida pelo bem dos filhos, a indissolubilidade do matrimônio encontra a sua verdade última no desígnio que Deus manifestou na Revelação: Ele quer e concede a indissolubilidade matrimonial como fruto, sinal e exigência do amor absolutamente fiel que Deus Pai manifesta pelo homem e que Cristo vive para com a Igreja.

Cristo renova o desígnio primitivo que o Criador inscreveu no coração do homem e da mulher, e, na celebração do sacramento do matrimônio, oferece um “coração novo”: assim os cônjuges podem não só superar a “dureza do co-ração”, mas também e sobretudo com-partir o amor pleno e definitivo de Cristo, nova e eterna Aliança feita carne. As-sim como o Senhor Jesus é a “testemunha fiel”, e, o “sim” das promessas de Deus e, portanto, a realização suprema da fidelidade incondicional com que Deus ama o seu povo, da mesma forma os cônjuges cristãos são chamados a uma participação real na indissolubilidade irrevogável, que liga Cristo à Igreja, sua esposa, por Ele amada até o fim.

O dom do sacramento é, ao mesmo tempo, vocação e dever dos esposos cristãos, para que permaneçam fiéis um ao outro para sempre, para além de todas as provas e dificuldades, em generosa obediência à santa vontade do Senhor: “O que Deus uniu, não o separe o homem”

TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO

“A MISSÃO DA FAMÍLIA CRISTÃ NO MUNDO DE HOJE”

Exortação apostólica de João Paulo ll

Edições Paulinas Páginas 36,37 e 38

Antônio Oliveira
Enviado por Antônio Oliveira em 18/12/2007
Reeditado em 19/12/2007
Código do texto: T783478