PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 7,6.12-14)(27/06/23)
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Caríssimos, o Evangelho de hoje é a continuidade do Sermão da Montanha, onde o Senhor Jesus ensina seus discípulos e todos os homens de todos os tempos, o caminho da perfeita comunhão com Deus e com o próximo, ao revelar o verdadeiro entendimento do amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
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Com efeito, de início Ele nos faz três exortações, na primeira, diz: “Não deis aos cães as coisas santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos; para que eles não as pisem com o pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem." (Mt 7,6). Ou seja, não dar "as coisas santas" e "as pérolas", significa não administrar a Palavra, os Sacramentos e a fé, a quem não as quer acolher (cf. Jo 1,11).
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Segunda exortação: "Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas." (Mt 7,12). Ou seja, o fazer cristão é um serviço prestado em cumprimento à Lei e os profetas, com pura intenção; bem como nos ensinou São Paulo: "Tudo o que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor e não para os homens." (Cl 3,23-24).
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E a terceira exortação, é esta: "Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele! Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram”! (Mt 7,13-14).
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Decerto, perguntemos: por que são poucos os que entram pela porta estreita e seguem pelo caminho apertado da vida? Porque a porta estreita é a cruz de cada dia feita de renúncias e desapegos; de misericórdia e mansidão; de amor aos inimigos e perseguidores; de suportar com paciência as dores e as adiversidades desta vida na certeza de que Deus nunca nos abandona ainda que por vezes nos sintamos abandonados como Seu Filho Jesus: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?" (Mt 27,46).
No entanto, como resposta a esse aparente "abandono" assim nos diz o Senhor: "Pode uma mulher esquecer-se do filho que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca." (Is 49,15). E ainda Isaías acrescenta: "Mas os que esperam no Senhor, renovarão as forças; subirão com asas como águias, correrão e não se casarão, caminharão e não se fatigarão." (Is 49, 15).
Portanto, caríssimos, a nossa esperança não é vã, principalmente ao ouvirmos esta exortação de São Paulo: "O Espírito mesmo dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus. E, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, contanto que soframos com ele, para que também com ele sejamos glorificados." (Rm 8,16-17).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.