PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 5,27-32)(25/02/23)

 

Caríssimos, o Reino de Deus não tem comparação com absolutamente nada do que conhecemos ou imaginamos na criação natural, pois, trata-se da Glória de Deus, da felicidade eterna dos seus filhos e filhas. E sem sombra de dúvida todos somos chamados a participar do Seu Reino, como vimos no Evangelho de hoje em que o Senhor Jesus, olhando para o publicando Mateus, disse: "Segue-me". E ele deixou tudo e o seguiu.

 

De fato, "O olhar de Jesus tem um poder de atração que nos convida a segui-Lo; devemos não só deixar-nos olhar, mas olhar para Ele, voltar o nosso olhar para o Seu Rosto, deixar-nos fascinar pela Sua beleza espiritual. Cada palavra Sua tem uma força de atração; se O escutamos, sentimo-nos cada vez mais atraídos por Ele.

 

E então esta atração torna-se uma conformação a Ele, uma participação na Sua própria vida e também uma missão, porque o que recebemos da comunhão de vida com o Senhor transmitimos ao nosso próximo, àqueles com quem covivemos e àqueles que estão longe. 

 

Desse modo, "Se vivemos o Evangelho, tornamo-nos os seus transmissores, e a nossa vida torna-se uma tradução viva do Evangelho, para que as pessoas também o leiam através da nossa imagem e presença.

 

O chamado é sempre uma revelação do amor de Deus, um amor infinito por nós, um amor que não se detém na indignidade. Jesus chama e dá a graça de o seguir e de viver convertendo-nos continuamente das coisas do mundo para as coisas de Deus." (Madre Anna Maria Cànopi).

 

Rezemos então esta linda oração do Diário da Divina Misericórdia, de Santa Faustina Kowalska (§§ 1122-1123): "Deus de grande misericórdia, que Vos dignastes enviar-nos o vosso Filho unigênito como o maior testemunho do vosso insondável amor e da vossa misericórdia, Vós não rejeitais os pecadores, mas, pela vossa infinita misericórdia, abristes-lhes o tesouro do qual podem haurir em abundância, não só a justificação, mas ainda toda a santidade que a alma possa atingir.

 

Ó Pai de imensa misericórdia, desejo que todos os corações se voltem com confiança para a vossa infinita misericórdia. Ninguém se justificará perante Vós se não for acompanhado pela vossa insondável misericórdia. Quando nos desvendardes o mistério da vossa misericórdia, a eternidade será demasiado breve para Vos agradecer devidamente.

 

Oh, quão doce é guardar no mais fundo da alma aquilo em que Igreja nos diz que devemos acreditar! Quando a minha alma está imersa em amor, resolvo claramente e depressa as questões mais complicadas. Só o amor é capaz de assim andar por escarpados desfiladeiros e atravessar os cumes das montanhas. Amor e sempre amor!"

 

Paz e Bem!

 

Frei Fernando Maria OFMConv.