PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 6,30-34)(04/02/23)

 

Caríssimos irmãos e irmãs, no Sacramento do batismo, recebemos de Deus a graça da participação no Seu Reino; por isso, temos como missão e empenho de toda a vida, vivermos a dimensão do Reino desde já, para isso Ele nos deu o Seu Santo Espírito e com ele todas as graças necessárias para vivermos como Igreja, isto é, Seu Corpo Místico, do qual Ele é a cabeça e nós somos os seus membros.

 

Na primeira leitura, tirada da Carta aos Hebreus, assim meditamos: "Irmãos, por meio de Jesus, ofereçamos a Deus um perene sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que celebram o seu nome. Não vos esqueçais das boas ações e da comunhão, pois estes são os sacrifícios que agradam a Deus." (Hb 13,15). Ou seja, o nosso modo de ser é fruto do amor de Deus em nós e entre nós; todavia, isso requer nossa entrega total e nossa disponibilidade para servi-lo em santidade e justiça todos os dias de nossa vida.

 

No Evangelho de hoje, o Senhor Jesus escuta o relato dos Apóstolos que retornaram da missão, percebe o cansaço que os domina e os chama para um lugar à parte aonde possam repousar; entretanto, a multidão os seguiu em busca das graças que necessitavam. O Senhor se compadeceu deles porque eram como ovelhas sem pastor e começou a ensinar-lhes muitas coisas. Isso significa que a Palavra de Deus traz em si todas as graças necessárias.

 

Portanto, caríssimos, mais do que nunca esse nosso mundo necessita da presença de Cristo e de sua mensagem para encontrar a verdadeira paz. Decerto, como batizados, somos os novos protagonistas desse anúncio; todavia, quem se dispõe a fazê-lo? Ou quem põe as mãos no arado sem olhar para trás? 

 

De uma coisa fiquemos certos, o Senhor Jesus cuida muito bem dos seus servos como vimos no Evangelho de hoje; porém, quem está disposto a servi-lo? A dizer sim, a dizer eis-me aqui?

 

Destarte, tudo é bom, belo, perfeito e verdadeiro segundo os critérios divinos, e assim permanece para sempre. Por isso, não destruamos com os nossos pecados a obra magnífica que Deus criou com tanto amor, pois, para constarmos no seu Testamento precisamos viver como seus filhos e filhas, caso contrário, perderemos, por negligência, a parte que nos cabe na sua herança eterna. 

 

Paz e Bem!

 

Frei Fernando Maria OFMConv.