PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 4,36-41)(28/01/23)
Caríssimos, viver somente para Deus, creio que esse é o maior desejo de nossas almas, ou seja, viver a vida toda dedicada ao nosso Pai celestial que nos ama, nos ampara e nos concede todas as graças necessárias para vivermos em comunhão com Ele e entre nós seus filhos e filhas num amor sem igual.
No entanto, para que isso aconteça se faz necessário renunciarmos a nós mesmos e aos nossos apegos que na verdade são pedras de tropeço querendo nos impedir esse amor incondicional. De fato, tudo o que pomos entre nós e Deus ocupa o espaço de nossas almas que somente a Ele pertence.
Com efeito, o que seria de nós sem a promessa da vida eterna? Decerto, a primeira leitura nos lembra a fé dos nossos antepassados que peregrinando neste mundo aguardaram o cumprimento das promessas de Deus em seus descendentes, como vimos com a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, como Salvador da humanidade Ele que derramou o seu sangue para expiação dos nossos pecados.
No Evangelho de hoje enquanto o Senhor Jesus e os discípulos atravessavam o mar da Galileia houve uma grande tempestade, e o Senhor estava dormindo na proa da barca. "Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!”
O vento cessou e houve uma grande calmaria. Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?” (Mc 4,38-41). É realmente de se admirar o jeito manso e humilde como Deus nos trata no exercício do seu poder para nos salvar.
Portanto, caríssimos, diante das intempéries do mar revolto deste mundo, o que seria de nós sem a presença do Senhor Jesus no barco da nossa vida? Por isso, prestemos atenção nas perguntas que Ele fez aos seus discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?”
Destarte, tomemos cuidado para não caírmos na tentação do medo e da incredulidade que nos mergulha nas tempestades deste mundo tenebroso; ao invés de nos voltarmos para o Senhor e ouvirmos a sua voz ordenando à essas tormentas: “Silêncio! Cala-te!”
Oremos: Senhor Jesus é sempre bom ouvir a tua voz e sentir que acalmas as tempestades e tormentas do mar revolto da nossa vida. De fato, no coração de quem escuta a tua voz tudo se faz calmaria, tudo se faz bonança.
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.