PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 2,18-22)(16/01/23)

 

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos à esta nossa meditação diária, pois é alimento e refrigério para as nossas almas. Com efeito, nesta liturgia de hoje veremos o quanto é nocivo julgar as atitudes alheias, criticar e condenar os outros, e com isso deixar de seguir os bons exemplos para dar bons exemplos.

 

Meditemos com amor e atenção este Pequeno Sermão de hoje.

 

Caríssimos, frequentemente somos tentados a olhar o modo de viver do próximo esquecendo do nosso. No entanto, essa atitude nos desliga da vontade do Senhor Jesus, pois querer o seu querer é sermos misericordiosos com os outros como Ele é misericordioso conosco, e nunca ceder à tentação do julgamento de valor, pois o Senhor nos ensinou o mandamento do amor, como vemos no Evangelho de São João: "Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado."

 

Decerto, em se tratando da vivência da fé, a prática dos exercícios espirituais só têm sentido quando vividos como meio de conversão de si mesmo, caso contrário, torna-se motivo de julgamento e condenação dos que não se exercitam do mesmo modo, bem como vimos no Evangelho de hoje. 

 

Ora, ao rejeitar tal atitude o Senhor Jesus mostrou aos que estão preocupados com a não prática de jejum dos outros, que isto os impedia de colherem os frutos do próprio jejum. De fato, exigir que os outros sejam santos sem sermos santos, é o mesmo que nada.

 

Com efeito, os exemplos de vida de Jesus e de Maria, e por consequência os daqueles que os seguiram fielmente e que a Igreja proclamou santos e santas, são os únicos à serem seguidos sem medo de cometermos erros. De fato, o caminho que nos leva ao céu é Cristo que por sua obediência à vontade do Pai nos libertou do pecado e de toda maldade que o pecado gera.

 

Portanto, caríssimos, meditemos, então, o que nos diz a primeira leitura desta liturgia: "Mesmo sendo Filho, [Jesus] aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem." (Hb 5,7).

 

Destarte, "se conhece a árvore pelos frutos que ela dar." Desse modo, examinemos os frutos da nossa prática religiosa e vejamos se são compatíveis com a misericórdia e o perdão que recebemos de Deus, caso contrário, precisamos nos converter para não nos condenarmos a nós mesmos. 

 

Amados irmãos e amadas irmãs, quem busca a santidade não vive julgando ou criticando quem quer que seja, pelo contrário, se exercita na humildade, compreensão e perdão, porque tem consciência que todos precisamos dessas virtudes eternas para sermos salvos.

 

Que o Senhor Jesus tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza a vida eterna. Amém! Assim seja!

 

Paz e Bem!

 

Frei Fernando Maria OFMConv.