O Nada
Tudo começou com o Nada, que sempre existira, por isso sequer teve começo. Um dia criou diferentes organelas e as isolou do meio por um invólucro chamado membrana. Ali cada organela tinha particular finalidade e todas atuavam em sintonia, trazendo funcionalidade a algo maior e este ao que chamamos de organismo.
Esse conjunto de coisas tão bem organizadas numa só precisava se perpetuar, veio a reprodução. Para isto Nada até criou os gêneros opostos e logo vimos o quanto isso é bom. Também parece que a certo ser vivente deixou determinada uma multiplicação equivalente de ambos os sexos, para que ninguém ficasse triste. Impressionante.
Não me pergunte como: com o tempo Nada notou que, para sobreviver, algumas de suas crias precisavam se locomover e as dotou de meios para isso; precisavam ver e as deu visão; precisavam ouvir, deu-lhes audição e, com a mesma sensibilidade, fez também existir olfato, paladar e tato.
Bendito seja o Nada, amém!