Jesus, o Leão da tribo de Judá
Apocalipse 5.5
Quem está vivendo os anos escolares do ensino médio ou já passou desta fase sabe muito bem da existência de grupinhos, panelas ou qualquer outro nome que identifique um grupo de pessoas com mesmo gosto para músicas, mesmo palavreado, opinião, enfim algo que identifica este grupo. Num contexto maior o grupinho pode ser parte de uma tribo, seja dos estudiosos, geeks, dos roqueiros, da atividade física ou outra característica que una pessoas.
A palavra tribo vem do latim tribus, que era o nome dado a uma divisão regional e étnica dentro do estado romano. Na língua hebraica a palavra tribo remete a ramo, dando a ideia de uma árvore com diferentes ramos, todos vindos da mesma raiz. Desta forma, Jacó era a árvore da qual saíram 12 ramos. É sabido que as tribos de Israel tinham um símbolo ou bandeira que identificava a tribo, para dar mais identidade a tribo.
Dentre os filhos de Jacó, havia Judá, que na ordem de nascimento foi o quarto filho de Lia, a esposa desprezada. Para cada filho que nascia, Lia dava um nome para a criança conforme a circunstância. Os três primeiros filhos faziam menção a situação de competição que ela tinha com Rebeca, sua irmã, a esposa amada do patriarca. No quarto filho, Judá, Lia deixou de lado a competição, a vontade de chamar a atenção de Jacó e decidiu (com sabedoria) louvar ao Senhor pelo nascimento da criança e o nomeou Judá (Gn 28.35).
No livro do Apocalipse há várias figuras e símbolos referente aos eventos do fim dos tempos. Selos, trombetas, taças e cavalheiros. São muitos mistérios que rondam os acontecimentos finais. No capítulo 5 está escrito que na mão direita daquele que se assenta no trono há um rolo selado com sete selos. Quem tem o poder de retirar os selos? O Apóstolo João chegou a chorar por acreditar não haver ninguém digno de abrir tais selos, mas o anjo respondeu-lhe que há sim e trata-se do leão da tribo de Judá, raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e romper os sete selos. (Ap. 5.5). Pelo texto e considerando outros versículos do novo e antigo testamento, podemos identificar Jesus como sendo o leão da tribo de Judá, a raiz de Davi (Isaías 11.1, 11.10, Jeremias 23.5, Ezequiel 37.25).
A verdade é que os textos citados reforçam que Jesus é da linhagem de Davi. No texto de Apocalipse o anjo também coloca Jesus como sendo o leão, o símbolo utilizado por Jacó quando profetizou a respeito de seus filhos. O que a figura do leão nos traz? A imagem é de rei poderoso, afinal este felino é reconhecido como rei da selva. Curioso que nos versículos seguintes do capítulo a figura que aparece é a do Cordeiro, animal manso e inofensivo. Jesus, ao mesmo tempo simboliza o cordeiro e também o leão. Por um lado, o animal símbolo do sacrifício e do outro o símbolo de poder e soberania.
O que tudo isto nos ensina? Bom, caso você que esteja lendo nunca tenha se sentido parte de um grupo de escola ou trabalho, por não se identificar com os gostos, não concordava com as atitudes de certos grupos, saiba que é possível sentir-se parte da tribo do leão, ainda que não façamos parte da tribo de Judá por questões de parentesco, podemos fazer parte pela fé. O Apóstolo Paulo disse na carta aos Romanos, que os não judeus crentes em Jesus são como ramo enxertado na oliveira (Rm 11.17-19). Também somos considerados como filhos adotivos pelo Deus Pai (Efésios 1.5). Nada melhor do que fazer parte da tribo que tem por líder, o Senhor Jesus, e para aumentar nosso pertencimento, passemos a agir, falar e pensar de acordo com a tribo do Leão de Judá.
29/09/2022