E vós, que dizes quem eu sou? (Lc 9.20)

No caminhar da fé e nas entrelinhas da vida ouvimos a soar o mesmo questionamento.

O teor dessa pergunta repercutiu no caráter e na escolha de cada um ali presente, pois, Cristo tendo acabado de orar voltou-se para seus discípulos, e os confrontou com uma realidade ainda fantasiada por alguns de nós. Como líder ele buscou saber seu reflexo e suas ações em seus companheiros e como eles assim o enxergava, pois, havia também uma preocupação do Tetrarca Herodes em identificar o responsável pelos últimos ocorridos naquela cidade, João Batista ele o havia mandado degolar, algumas pessoas ainda acreditavam na ressurreição de João; outros, que Elias tinha aparecido; e ainda outros, que um dos profetas tinha voltado à vida.

Tantas especulações acerca de sua identidade não lhe aborrecia, pois, nada o impediu de enviar seus discípulos ao campo missionário, fazendo deles pescadores de homens com visão e preparo.

Jesus deu-lhes poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar doenças, e os enviou a pregar o Reino de Deus, uma missão como estar, advinha de um preparo bem-sucedido, a fim de lhes fomentar uma personalidade ímpar em meio as adversidades que encontraria. A qualidade de uma Missão comprida equivale a uma preparação bem sucedida.

Quantos indivíduos tem uma visão distorcida sobre o cristo, ainda ouvimos acerca dos seus feitos e poderes miraculosos desde os tempos passados até o porvir, a multidão que o acompanhava dizia-lhes sobre suas vestes, sua fala mansa e até a personalidade jamais vista entre os homens ou o sumo sacerdote, aqui encontramos um Jesus popular que convivia com os mais eloquentes e soberbos dos homens aos mais miseráveis e reclusos da sociedade, não havia distinções em seu discurso ou manifestação. Ao entrar em cada aldeia curando os enfermos ou repreendendo os demônios ele deixava em cada pessoa a essência que lhe possuía.

O que diziam ao seu respeito não alterava o valor de suas palavras, não inibia sua presença ou descaracterizava sua identidade, a tantos quantos os perguntava, dizia-lhes. Eu sou!

Embora, os judeus não esperassem um simples homem, assentado em um jumento, caminhando com os pecadores, cercado de publicanos e morto em um madeiro, o Nazareno se tornou o verbo encarnado e habitou entre nós, ele não se tornou a expectativa do povo, nem político ou governador foi sua ambição, mas cumprir a missão, dada por seu Aba. A rejeição dos judeus não lhe causou confusão ou crise existencial, pois seguir seu chamado lhe trazia sempre para mais perto de quem o havia enviado. Em constante oração ele vencia suas guerras e o relacionamento entre pai e filho fazia-lhe exalar a mais bela canção em meio as dores, capaz de ressignificar cada momento e nortear ensinamentos por onde passava.

Ali sentados, os apóstolos olhavam para o mestre, esperando receber mais um ensinamento, mas Jesus perguntou: E vós, que dizes quem eu sou?

Hoje alguns iriam dizer que O Cristo, foi um excelente professor, pensador, psicólogo, artista, inovador, revolucionário ou mesmo um marco da História, mas para sua vida o que Jesus, O Cristo representa?

Não poderemos segui-lo se não soubermos quem é este homem que rompeu com os dogmas dos homens e deu novamente esperança para humanidade.

Como Oseias 6.3 declara. Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor.

Josemias Samuel
Enviado por Josemias Samuel em 22/09/2022
Reeditado em 05/03/2024
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