PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 22,1-14)(18/8/22)

 

Caríssimos, as Parábolas contadas por nosso Senhor Jesus Cristo, têm introdução, desenvolvimento e conclusões perfeitas em que todos podemos ver a nós mesmos nelas e decidir como será o nosso devir eterno, pois tudo o que aqui vivemos nada mais é do que uma antecipação do que viveremos por toda a eternidade numa proporção infinitamente superior à essa. 

 

No Salmo 138 assim nos ensina o rei Davi: "Senhor, vós me perscrutais e me conheceis, sabeis tudo de mim, quando me sento ou me levanto. De longe penetrais meus pensamentos. Quando ando e quando repouso, vós me vedes, observais todos os meus passos. A palavra ainda me não chegou à língua, e já, Senhor, a conheceis toda.

 

Para onde irei, longe de vosso Espírito? Para onde fugir, apartado de vosso olhar? Se subir até os céus, ali estareis; se descer à região dos mortos, lá vos encontrareis também. Se tomar as asas da aurora, se me fixar nos confins do mar, é ainda vossa mão que lá me levará, e vossa destra que me sustentará." (Sl 138,1b-10).

 

Ou seja, tudo é nu e descoberto aos seus olhos Daquele que a tudo conhece totalmente. (cf. Hb 4,13). Por isso, precisamos levar em conta a nossa conduta diante de Deus, pois Dele nada podemos esconder, e é isso que definirá o nosso futuro eterno. Chamados todos nós fomos por Ele que nos deu a existência para vivermos na sua presença em justiça e santidade todos os dias de nossa vida. 

 

Meditemos, então, com amor e atenção a Parábola contada por Jesus no Evangelho de hoje, e nos perguntemos: com quais dos personagens nos identificamos? Aqui não é uma questão de escolha, mas de como estamos vivendo, e o que estamos fazendo em preparação para o dia eterno que cedo ou tarde chegará para cada um de nós.

 

Portanto, caríssimos, essa resposta o Senhor Jesus nos pede por meio dessa Parábola contada por Ele, pois ela nada mais é do que uma visão antecipada do juízo final. De certo, a vida é um grande mistério de amor e de dor; de fé incondicional e de adesão total ao plano de Deus para a nossa salvação. 

 

Destarte, cabe a nós darmos uma justa resposta, e é com o nosso viver que a damos ao Senhor Jesus, dizendo se o amamos ou não; se queremos segui-lo até o fim com a nossa cruz de cada dia, ou rejeita-lo por meio dos nossos pecados.

 

Paz e Bem!

 

Frei Fernando Maria OFMConv.