PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 20,20-28)(25/07/22)

 

Caríssimos, pelo santo batismo recebemos a graça da salvação eterna de nossas almas, no entanto, na primeira leitura são Paulo nos adverte e nos exorta: "Irmãos, trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós." (2Cor 4,7). 

 

Ou seja, reconhecemos a nossa fragilidade para que permaneça em nós a graça recebida e assim darmos os frutos da salvação que ela exige, pois, fomos salvos não por nós, mas, por Cristo que deu a sua vida em resgate da nossa, para que, de igual modo, façamos o mesmo. E dar a vida nesse sentido é renunciar à própria vontade.

 

No Evangelho de hoje, "a mãe dos filhos de Zebedeu, porta-voz dos seus filhos Tiago e João, aproxima-se de Jesus para pedir um favor: "Dize a estes meus filhos que sentem-se um à tua direita e outro à tua esquerda no teu reino". De fato, é uma mãe que, do ponto de vista humano, pede o melhor para os seus filhos. Eles, porém, não compreenderam a proposta de Jesus, pois, estavam apenas preocupados com os próprios interesses. 

 

Jesus então lhes diz: "O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". Desse modo, fá-los compreender qual é o sentido da sua vida e missão. De fato, a grandeza e o serviço de cada apóstolo reside em partilhar a vontade do Senhor, de amar o outro sempre e em qualquer circunstância, até ao ponto de o pôr à frente da própria vida. 

 

Desse modo, o último lugar é conceber tudo em nossas vidas como serviço e não como poder. É pensar no que podemos fazer pelo outro e não como usar o outro. Aquele que quer ser o primeiro desista do primeiro lugar, e será verdadeiramente o primeiro." (Mons. Angelo Spina, Arcebispo de Ancona - Osimo).

 

Portanto, caríssimos, no seguimento de Cristo não somos nós que fazemos escolhas por nós mesmos, mas somos chamados e enviados como servos de todos; quem pensa seguir o Senhor buscando vantagens pessoais cai em um destes pecados: anuncia não a Cristo, mas a si mesmo e os próprios interesses; ou então, abandona o discipulado por não ter renunciado a própria vontade para segui-lo.

 

Paz e Bem!

 

Frei Fernando Maria OFMConv.