A Costela de Adão
Segundo Aristóles o homem é a causa eficiente e a mulher, uma ideia masculina Inoculada na matéria. Essa é a razão pela qual, fomos ensinados a pensar que a mulher é o barro que deverá ser moldada pelo homem
tomando a forma que ele definir para ela. Afinal, sendo a mulher uma ideia que surgiu do desejo do homem, ele deve moldá-la como bem lhe apraz.
E uma vez que somente o homem foi criado diretamente por Deus ele seria, indubitavelmente o único responsável por tudo o que a mulher representa. Aquilo que ela é deve ser considerado como construção do homem, não uma manifestação da criação de Deus. Mas apesar da grande difusão desse conceito, através da expansão do protestantismo, a mulher passou a ser uma pessoa reconhecida como um ser que possui alma e de certa forma até vida própria sendo inclusive alfabetizada. Isso porque a Bíblia que esteve confinada apenas ao clero, passou a ser lida por todas as pessoas.
Assim, a mulher alcançou o status de rainha do lar ou serviçal da família passando a exercer o papel de educadora dos filhos para que o homem servisse ao mercado de trabalho. Desse modo, o inverso aconteceu e ela se tornou a edificadora moral e religiosa na base familiar.
Além de ser mais coerente com a bíblia, esse desfecho mostra que Aristoteles estava completamente equivocado.
O relato da criação é claro ao afirmar que homem e mulher foram criados originalmente por Deus como uma unidade. Não há dúvida de que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. Mas quando aplicamos a mensagem do segundo capítulo de Gênesis que descreve a formação do caráter humano aos conceitos de Aristoteles, aceitaremos a falsa ideia de que somente o homem foi criado por Deus, sendo a mulher uma emanação do homem. Decorre daí a ideia de que o homem é a semelhança de Cristo e a mulher, um ser inferior.
No entanto, essa afirmação, destrói a ordem e unidade da criação, estabelecida no primeiro capítulo e consequentemente anula o evangelho que é totalmente baseado no princípio das coisas.
E quando distorcemos os fundamentos, uma nuvem de ignorância se formou na mentalidade humana e passamos a servir propósitos iníquos de uma militância feminista totalmente caracterizada pelos princípios machistas que deram início ao caos e loucura atuais. Certamente, o domínio destes ideais extremistas em todas as religiões, não é obra do acaso, mas isso não serve de desculpa para estimularmos o avanço da ignorância.