PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 10,1-7)(06/07/22)

 

Caríssimos, a nossa convivência com o próximo depende cem por cento da nossa convivência com Deus; e sem comunhão com seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, também não temos comunhão com o seu e nosso Pai celestial, é por isso que vemos tanto desequilíbrio, confusão, violência e perversão neste mundo, pois, como disse o Senhor: "Sem mim nada podeis fazer." (Jo 15,5).

 

No Evangelho de hoje o Senhor Jesus envia os Apóstolos com uma missão clara e precisa: “Não deveis ir aonde moram os pagãos, nem entrar nas cidades dos samaritanos! Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’”. Ou seja, a missão local prepara a missão universal sua e dos seus discípulos gerados no batismo que hoje cabe a nós.

 

Comentando esse Evangelho disse o Papa Francisco: "Devemos ter a coragem da fé, sem nos deixarmos conduzir pela mentalidade que nos diz: «Deus não é útil, não é importante para ti», e assim por diante. É precisamente o contrário: Deus é a nossa força! Deus é a nossa esperança! Caros irmãos e irmãs, nós somos os primeiros que devemos ter bem firme em nós esta esperança e dela devemos ser um sinal visível, claro e luminoso para todos.

 

A nossa esperança de cristãos é forte, certa e sólida nesta Terra onde Deus nos chamou a caminhar, e está aberta à eternidade, porque se funda em Deus, que é sempre fiel. Não devemos esquecer: Deus é sempre fiel; Deus é sempre fiel para connosco. Ressuscitar com Cristo mediante o batismo (Rom 6,4), com o dom da fé, para uma herança que não se corrompe (1Ped 1,4), leva-nos a procurar em maior medida as realidades de Deus. 

 

Prezados irmãos e irmãs, a quantos nos perguntarem a razão da nossa esperança (1Ped 3,15), apontemos para Cristo ressuscitado. Indiquemo-lo com o anúncio da Palavra, mas sobretudo com a nossa vida de ressuscitados. Manifestemos a alegria de ser filhos de Deus, a liberdade que nos permite viver em Cristo, que é a verdadeira liberdade, aquela que nos salva da escravidão do mal, do pecado e da morte!

 

Ser cristão não se reduz a seguir os mandamentos; significa permanecer em Cristo, pensar como Ele, agir como Ele, amar como Ele; significa deixar que Ele tome posse da nossa vida e a mude, transforme e liberte das trevas do mal e do pecado.

 

Contemplemos a pátria celeste, e teremos uma luz e força renovadas, também no nosso compromisso e nas nossas labutas diárias. É um serviço precioso que devemos prestar a este nosso mundo, que muitas vezes já não consegue elevar o olhar, já não consegue olhar para Deus." 

 

Paz e Bem!

 

Frei Fernando Maria, OFMConv.