PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 5,13-16)(07/06/22)
Amados irmãos e amadas irmãs, a vivência da fé nada mais é do que a convivência com o Senhor Jesus ressuscitado pela prática da Sua Palavra e dos Sacramentos
que são as evidências da sua presença e da sua interação conosco pela ação do Espírito Santo que realiza em nosso vida a salvação que Ele nos concedeu mediante o seu sacrifício de cruz.
Na primeira leitura o Profeta Elias foi enviado por Deus a uma viúva de Sarepta que estava prestes a sucumbir devido a terrível seca predita pelo Profeta por conta da incredulidade do povo eleito que deixou de acreditar em Deus para acreditar nos ídolos daquela região, o que acarretou na perca da comunhão com Ele e atraiu a seca que agora os destruía.
No entanto, a viúva que era pagã demonstrou a fé que o povo eleito havia renegado, e por isso, foi socorrida devido a caridade demonstrada para com o Profeta.
De certo, como vimos nesse episódio, Deus não faz distinção de pessoas, mas concede a sua salvação a todos que o temem e acreditam na sua presença e no seu amor para além das condições desfavoráveis e momentâneas que estão vivendo.
No Evangelho de hoje o Senhor Jesus nos revela o quanto confia em nós que o seguimos, diz Ele: “Vós sois o sal da terra." Porém, nos adverte: "Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens." (Mt 5,13). Ou seja, a comunhão com o Senhor Jesus é autêntica e dá sabor a nossa vida quando fazemos a sua vontade em meio às tempestades deste mundo, que infelizmente vive mergulhado no pecado.
E continua Ele: "Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”. (Mt 5,14-16).
Portanto, caríssimos, o que nos identifica com Cristo é a coerência com que o seguimos; é ela que nos faz dar um testemunho verdadeiro da sua presença em nossas almas; e nos faz iluminar as trevas deste mundo por meio das boas ações que praticamos, como nos ensinou no Evangelho de hoje.
Destarte, eis o que ainda nos diz o Senhor: "Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." (Jo 8,12).
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.