PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 21,33-43.45-46)(18/03/22)
Caríssimos, o ar que respiramos é invisível e não precisamos fazer nenhum esforço para provar que ele existe visto que o respirarmos naturalmente, pois, sem ele não existimos, ou seja, nós convivemos com um elemento invisível do qual dependemos cem por cento e só percebemos a falta que ele nos faz quando sofremos com alguma doença respiratória.
Com efeito, convivemos com Deus a todo momento e só percebemos a sua ausência quando pecamos, pois, o pecado é uma terrível doença espiritual que nos leva à perca da graça santificante assim que o cometemos; e desse modo, deixamos de perceber a evidência da presença de Deus em nossa vida por conta das más ações praticadas.
No entanto, como estamos no tempo da misericórdia, é possível retornar ao estado de graça quando arrependidos da prática pecaminosa nos voltamos para o Senhor de todo coração a fim sermos perdoados no Sacramento da Confissão e assim sermos curados da doença maléfica do pecado.
No Evangelho de hoje o Senhor Jesus conta, aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo, a Parábola dos vinhateiros perversos que se apossaram da vinha do seu senhor e não devolveram os frutos esperados, e ainda espancaram e mataram os empregados enviados e até o próprio Filho do dono da vinha, consumando, com isso, a própria condenação.
Escutemos, então, com acurada atenção a conclusão dessa Parábola: "Pois bem, quando o dono da vinha voltar, que fará com esses vinhateiros?” Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “Com certeza mandará matar de modo violento esses perversos e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”.
Então Jesus lhes disse: “Vós nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?” Por isso eu vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos."
Portanto, caríssimos, escutemos ainda o Senhor: "Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o cortará; e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer." (Jo 15,1-2.5).
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.