2 Reis 4:8-37; 8:1-6 narra a história de uma mulher cujo nome não é mencionado. A Bíblia se refere a ela como
sunamita. Ela era de Suném, logo sunamita é o nome que indica sua origem. Suném ficava entre Samaria e o Monte Carmelo. Suném significa lugar de repouso. Encontra-se a sudoeste do mar da Galileia, entre os montes Gilboa e Tabor, na planície da Jezreel, é herença da tribo de Isaacar. (https://www.estudosdecelulas.com.br/a-sunamita-e-o-seu-filho/)
O texto afirma que ela era mulher de posses. Ela não foi mencionada como 'esposa' de alguém, mas citada como alguém rica e importante.
Desejando a Santidade de Deus, mesmo em um ambiente de idolatria
Um dos traços do seu caráter que nos chama a atenção é a sua percepção da virtude que fluia do profeta. O versículo 9 diz :"eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus." Em uma época em que o povo do reino do norte estava envolto em tanta idolatria, aquela mulher almejava algo mais em seu cotidiano.
Eliseu foi o sucessor de Elias, cujo ministério foi de confronto à idolatria de Jezabel e Acabe. Deus usou Elias de forma poderosa para enfrentar os profetas de Baal, mostrando-lhes que o poder pertence ao Deus de Isrtael. Contudo, apesar de toda demonstração de poder, nem Acabe nem Jezabel se converteram. No tempo de Eliseu o rei era filho de Acabe e Jezabel, no reino do norte. A descendência de Acabe nunca serviu ao Senhor com inteireza de coração. Eram divididos entre os deuses das nações ao seu redor e o Senhor. Eles perseguiam os profetas que não profetizavam o que eles queriam.
O Salmo 29:2 convoca-nos a adorar o Senhor na beleza da sua santidade. Desde a queda do homem, no entanto, o pecado, o que é profano, o que traz recompensa instantânea para os sentidos, é o que tem atraído a humanidade. Desde a antiguidade, até a presente era virtual, sinais e maravilhas podem se descortinar diante de nós, mas não percebemos, ou não somos atraídos pelo que é santo. Hoje, esse quadro é muito mais marcante, porque nossa mente está exposta a toneladas de informação, imagens e sons para processar, que muita coisa fica sem a devida atenção, a distração toma lugar da prioridade, gerando em nossas vidas frustação e procrastinação.
A Sunamita, no entanto, ao ver o profeta passar teve a sensibilidade e percebeu que ele era um homem diferenciado; ela o vê passar e o retém a comer pão. Tal qual a Igreja fiel que é atraída pelo esposo que é Jesus, assim aquela mulher queria algo mais para seu cotidiano. Todas as vezes que ele passava por ali, ela o chamava a uma refeição.
As atitudes dessa mulher tipificam as atitudes da Igreja fiel. Paulo diz aos fiéis: "Eu os prometi a um único marido, Cristo, querendo apresentá-los a ele como uma virgem pura." 2 Cor. 11:2
A sunamita demonstrou afeição pelo profeta, ela queria intimidade com ele, ela queria desenvolver um relacionamento com ele, da mesma forma que a Igreja fiel procura ter intimidade com o Noivo, Jesus.
Uma mulher de percepção e relacionamentos profundos, que apesar de viver em um meio sócio-cultural onde as pessoas diziam adorar a Deus, mas viviam de forma pagã, discerniu entre o santo e o profano, e desejou a companhia do profeta.
Ela então, manda construir um pequeno quarto junto ao muro e ali pôs uma cama, uma mesa e um candeeiro. ela pôs a sua fé em ação. "Fé sem obras é morta." Tg. 2:14
A sunamita era um mulher de relacionamentos profundos, de atitude e de conexões. Assim também nós, somos chamados a um relacionamente íntimo e pessoal com Deus. Ele é o Deus que quer se relacionar, por isso se fez humano como nós, para que em tudo entendesse nossas fraquezas.
Em Mateus 7:7-11 diz: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á." O nosso relacionamento com Deus é construído, em etapas e cada etapa traz uma experiência de transformação. Aquela mulher o viu passar, chamou-o para conhecê-lo, e em seguida, construiu-lhe um quarto, o qual mobiliou, para que se sentissse confortável, todas as vezes que por ali passasse.
Comunhão - no grego: Koinonia, comer o pão juntos, isso mostra que ela queria criar laços, estar junto a ele, conhecer e comungar com ele suas ideias e vida. Ela o chamou, mas não apenas chamar, foi além, ela criou condições para que ele se sentisse a vontade e parte da sua família. Ela abriu o coração e sua intimidade para ele.
Vivemos dias de amizades virtuais, onde temos vários 'amigos' que sequer nos conhecem pessoalmente, com os quais nunca divimos segredos, só fotos... Contam-se segredos, via mídia social, para milhões de pessoas que sequer têm real intimidade umas com as outras. Mas Deus nos quer íntimos, num relacionamento olho no olho, cara a cara, através do Espírito Santo. No momento, a fé é o elemento virtual que transporta a vida de Deus para dentro de nós! Até que nosso corpo seja revestido de imortalidade. Falaremos disso mais adiante.
Nós, templo do Espírito Santo - morada do Deus altíssimo
A Bíblia diz que somos templo do Espírito Santo. Ao construir o quarto, junto ao muro, ela dá espaço em sua vida para que ele seja íntimo. "pequeno quarto", nossa intimidade, onde poucos têm acesso. Eliseu tipifica Jesus, o noivo da Igreja fiel, que tem intimidade com todo aquele que o busca.
A Palavra de Deus diz: "Buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á." Mt.7. Não raro, não o buscamos o suficiente para gerar intimidade, não batemos até a porta se abrir, não insistimos, não pedimos repetidamente. Ela era insistente, todas as vezes que ele passava ela o chamava a uma refeição.
Ela preparou para o profeta uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro para que ele repousasse ali, Isso fala de preparar espaço para alguém que vai pernoitar ou hospedar por algum tempo.
O candeeiro fala da luz do mundo, que é Jesus que abre nossos olhos espirituais. O candeeiro não pode estar vazio de azeite. Naquela época não havia luz elétrica, o candeeiro gerava luz através de um pavio de algodão, umedecido no azeite. O azeite na Bíblia é símbolo do Espírito Santo, porque ele é responsável, hoje, de nos revelar Jesus e nos convencer do pecado do juízo e da justiça, conforme descrito em João 16:7-11.
De acordo com estudo do prof. de Antigo Testamento da Fateo, Tércio Machado Siqueira, a palavra Messias
(Ungido, Cristo) é Yeled, no hebraico. Substantivo cuja raiz verbal é yalad - 'dar a luz', gerar. https://metodista.br/faculdade-de-teologia/materiais-de-apoio/estudos-biblicos/tirando-o-po-das-palavras
A Igreja fiel é sal e luz para os cegos espiritualmente, por isso seu papel é gerar Jesus no coração dos homens, através da palavra. Sem o poder da luz de Jesus, é impossível anunciar o evangelho só pelos nossos próprios conceitos, sem comunhão com o Espírito Santo.
Hoje, não temos o Senhor Jesus só de passagem. Nós o temos como habitante permanente, temos o consolo do Espírito Santo derramado no coração de quem quiser. "Não sabeis que sois templo do Espírito Santo que habita em vós..?" 1Cor. 6:19
Em tempos de amizades virtuais, como tem sido nosso relacionamento com Deus? Temos tempo para sentar, apreciar a presença do amigo... ou é só uma visitinha de no máximo uma hora e meia em um dia da semana? A fé da Sunamita era viva, o profeta e ela dividiam o mesmo teto, comiam juntos, tinham comunhão. Não eram estranhos. Um elo, uma conexão se formou, a ponto do profeta querer abençoá-la de forma especial, dando-lhe um filho. O evangelho traz graça, traz bênçãos, traz realização de sonhos que achamos inalcancáveis.
O Salmo 37:3-5 diz: "Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do seu coração. Entrega teu caminho ao Senhor, confia Nele e o mais Ele fará." Seu filho era o fruto de sua fé e da presença abençoadora do profeta em sua vida.
A morte do filho da Sunamita
O profeta quis abençoá-la com um filho. E ela teve o menino. Já crescido, ele saiu para trabalhar com o pai e sentiu uma forte dor de cabeça ao que o pai ordena a um empregado que o levasse à mãe. O menino esteve sob seus joelhos até ao meio dia e morreu. Ela então, fecha o menino no quarto do profeta e pede ao marido um dos moços e uma das jumentas, para que ela possa ir ao homem de Deus e volte. O marido então argumenta que não é dia de lua nova, nem sábado, por que ela procuraria o profeta? Ao que ela responde: “Vai tudo bem.”
Somos seres contigentes, sujeitos a incertezas e a fatos inesperados. Ela estava diante do seu sonho ameaçado pela morte. Aquele menino era sua bênção, promessa de Deus para sua vida. Debaixo de uma palavra profética, ela deve não ter entendido nada. Deveria estar arrasada, mas não permitiu que o desespero a tomasse. Deitar o menino no quarto do profeta é levar ao Senhor Jesus nossas ansiedades. É guardar a palavra no íntimo do nosso ser: “Lançando sobre Ele toda vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.” 1 Pedro 5:7.
No momento da angústia ela sabia a quem se dirigir: ao profeta. Afinal, ela tinha construído em sua casa, isto é, em seu coração um espaço para o homem de Deus. Nós também, não podemos esperar do homem as respostas que só Deus pode nos dar. Ela era uma mulher de intimidade com o profeta, de confiança no profeta. Intimidade com Deus não nos livra dos problemas, mas sabemos a quem recorrer na hora da angústia. O medo e a ansiedade não sequestram as emoções de quem confia no Senhor. Jesus disse: “Eis que estou à porta e bato, se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele comigo.” Ap. 3:20.
Intimidade gera identidade. A palavra se cumpre, ela gera vida. Ela é profética porque é capaz de produzir vida e dar segurança em meio à falibilidade dos projetos humanos. Quando sabemos quem somos e as promessas de Deus para nós, sabemos a quem recorrer, embora abalados, não sucumbimos. Ela tomou uma atitude de fé, primeiro quando construiu o quarto, e agora, quando em meio a sua dor, vai ao encontro do profeta. Acredito que ela queria confrontar o profeta com sua palavra/promessa. Se ele prometera, sem ela pedir, ele que desse conta de devolver-lhe o menino. Assim, acredito ser seus pensamentos. Um misto de revolta e esperança, pois logo adiante o texto declara que, numa atitude de humildade, ela se lança aos pés do profeta ao vê-lo.
A ansiedade não sufocou a lucidez dela. “Vai tudo bem!”, diz ela, embora o filho estivesse morto, trancado no quarto. Segundo o psiquiatra Augusto Cury, devemos dar um choque de lucidez em nossos pensamentos nos momentos de pânico e medo. Segundo ele, “a mente mente”. Muito antes da psicologia ou da neurociência dizer que não podemos confiar em nossos sentimentos e emoções conturbadas, a Palavra de Deus nos ensina a viver pelo que Deus diz, não pelo que sentimos ou vemos apenas. A bíblia diz que ‘sem fé é impossível agradar a Deus.” Hb. 11:6. Aprendemos aqui a combater nosso medo com a Palavra de Deus. Ela disse:”Vai tudo bem”, embora não entendesse a situação. Muitos, na hora da provação, amaldiçoam a Deus, se sentem rejeitados e desmotivados, se perdem pelo caminho. Imagino quantos pensamentos não passaram pela cabeça dela enquanto caminhava em direção ao profeta. Mas aí está o segredo: não se desviar do caminho. Embora triste, ela tinha um caminho a seguir, ela não se desviou dele; ela tinha um alvo em mente: O profeta.
Na hora da angústia, você se perde na agenda de medo do mundo ao seu redor? As narrativas ao seu redor te fazem perder o foco na Palavra de Deus? No Antigo Testamento o profeta era a boca de Deus para o povo. Hoje temos a Bíblia e o poder do Espírito Santo para nos ensinar todas as coisas. Infelizmente, muitos estão focados mais nas notícias e opiniões dos outros do que no plano de Deus. Muitos estão doentes por serem dirigidos pelas várias vozes do mundo globalizado. Por outro lado, quem confia na Palavra de Deus, não se abala. Não é ser alienado do mundo, mas é viver nele, como estrangeiros e peregrinos, com uma atitude de quem vai morar no céu um dia. Deus disse a Abraão: "Anda na minha presença e sê perfeito.” Gn. 17:1 Andar na presença de Deus, sem se desviar do caminho que é Jesus é o segredo para não sucumbirmos ao medo. Ser perfeito é ser aperfeiçoados no amor de Deus. Ser perfeito é estar no caminho, muitas vezes, sem entender, mas contando com a presença do Pai que guia, porque: “ Aquele que vos chamou é fiel para realizar aquilo que prometeu.” 1Ts. 5:24
“Um moço e uma das jumentas para que eu corra ao homem de Deus e volte.”, pediu ela ao marido. Deus nos dá as armas espirituais, através do auxilio do Espírito Santo que nos conecta com o Pai eterno. As nossas orações sobem ao trono de graça, pela força da fé, da intimidade e da unção que é derramada em nossos corações, quando damos espaço em nosso ser para Deus operar. Hoje o Espírito Santo nos transporta ao pai. A paz de Deus que excede todo o entendimento nos dá forças para passarmos pelos momentos difíceis, sem murmurar, mas com o olhar fixos no caminho, sem nos desviar. Pecar é errar o alvo, logo, permanecer no caminho é obedecer para acertar o alvo que é Jesus. Jesus é o caminho que nos leva à paz com Deus.
O marido questiona que não é dia especial e porque ela iria ao profeta. Quem tem um relacionamento íntimo com o Pai, não precisa de dias especiais para busca-lo. Todos os dias são santos para quem ama a Deus. Nossas vidas naturais são tocadas pelo poder sobrenatural de Deus. Em meio de nossa tragédia pessoal, o foco no Deus da promessa nos dá força para buscarmos uma solução. Dias comuns e ordinários, tornam-se extraordinários por causa da presença do Espírito Santo. Assim vivemos hoje, mesmo em meio a esta pandemia pela qual passamos, se temos confiança na palavra de Deus, sabemos que uma porta se abrirá.
“Guia e anda, e não te detenhas no caminhar”, ordena ela ao moço. É o poder da atenção plena que falta a muitos. Em tempos virtuais, as distrações são muitas. Sem perceber, somos envolvidos em tarefas que nos tiram o foco do relacionamento com o Pai. Perdemos a sensibilidade para entender o que é verdadeiramente importante e nos apegamos apenas ao que dá prazer momentâneo. Alguns passam horas rolando stories... Levando a vida sem motivação, o que gera frustração e procrastinação. Orar é lutar contra a carne.
Quando Jeazi lhe pergunta se vai tudo bem, ela responde: “Vai tudo bem!”. Quando chega ao monte, no entanto, ela se lança aos pés do homem de Deus. Ela subiu ao monte, ela se humilhou diante do profeta, mas não diante de Jeazi.
Jeazi simboliza o cargo sem autoridade, a obra sem o Espírito Santo, a religiosidade estéril. Geazi tenta afastá-la do profeta, este, no entanto, logo percebeu sua angústia. A obra da carne e do Espírito andam lado a lado nos bancos e nos púlpitos das igrejas. Jeazi era o ajudante de Eliseu, mas não conseguiu ressuscitar o menino. Só jesus ressuscitou dentre os mortos. Só a unção do Espírito Santo também um dia nos ressuscitará para a vida eterna. Só a obra do Espírito gera vida nova. Quem discerne tempos, atitudes e palavras sabe em quem confiar seus afetos, ela não se abriu para Jeazi. Mais adiante, no capítulo 4 sabemos que Jeazi tornou-se leproso, pois mentindo em nome do profeta, tentou tomar de Naamã, que havia sido curado de lepra por Eliseu, ouro e prata, como pagamento pelo milagre. No reino de Deus é: ‘De graça recebestes, de graça dai.” Mt. 10:8.
Ela não se intimidou, nem perdeu a fé por causa da presença de Jeazi. O que quer dizer que a verdadeira obra de Deus não cessa, apesar dos vendilhões no templo. Atualmente, muitos duvidam da verdade do amor de Deus por causa da mentira dos falsos profetas. Os desigrejados cresceram por causa dos escândalos no meio evangélico. Mas o homem de fé, apesar dos obstáculos, através das experiências com o próprio Deus não duvida. A intimidade não precisa de intermediários, ela se dá entre o homem de fé e do próprio Jesus Cristo, através do Espírito Santo. Quem coloca seus afetos em pessoas, denominações e lideranças, realmente pode se decepcionar. A verdadeira obra de Deus, entretanto, nunca cessou, apesar dos escândalos. Devemos ser a diferença que cobramos no outro. É preciso subir ao monte e tocar os pés do profeta. 1 Pedro 5:6 diz: “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus,para que a seu tempo vos exalte.” Se ela estivesse revoltada não tocaria os pés do profeta. Sua obediência se revela na atitude de se humilhar aos pés dele. Contudo, ela foi sincera e desabafa: “Eu te pedi algum filho? Não disse eu: Não me enganes?”. Relacionamentos profundos e transparentes envolvem sinceridade. O caminho da nossa bênção passa pelo enfrentamento dos nossos sentimentos conflitantes. Orações superficiais não são ouvidas! Precisamos rasgar nossos corações na presença do Senhor. “Rasgai os vossos corações!” Joel 12:13. É terapêutico enfrentarmos nossos medos e traumas com coragem e confiança em Deus. Não somos super-homens e super mulheres. Não devemos reprimir nossos conflitos, devemos contar tudo para Deus. O Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis, diz Romanos 8:24-27. Orar é se abrir, é falar. Da mesma forma que nos abrimos para os psicólogos e terapeutas, muito mais podemos desabafar com Jesus.
Eliseu – Um homem de intimidade com Deus
Eliseu foi o sucessor de Elias. A palavra narra que entre os filhos dos profetas corria a notícia que Elias seria tomado pelo Senhor. No dia determinado para Elias ser arrebatado, Eliseu não saia de perto dele. Eliseu foi quem esteve ao lado de Elias no momento em que ele feriu as águas do rio Jordão com a capa e os dois passaram em seco. Foi ali, que Eliseu presenciou o evento que mudaria seu caráter e sua vida e o prepararia para ser profeta em Israel. Poder e santidade não são obras humanas, é chamado do céu. É preciso ter experiência com Deus, se quisermos ser bênção para os outros. Não é só repetir gestos, atitudes, ir à igreja, usar linguagem de crente, usar roupa de religioso, é preciso ser UM com Ele. Jesus orou para que fôssemos um com o Pai.
Eliseu tinha intimidade com Elias e queria ser como ele era. No capítulo 2 do segundo livro de Reis a palavra diz que Elias diz a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te porção dobrada de teu Espírito sobre mim. E disse então Elias: Coisa dura pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não, não se fará. E sucedeu que indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu em um redemoinho. Enquanto Elias subia ao céu, Eliseu clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais viu Elias; e tomando das suas vestes, as rasgou em duas partes. Também levantou a capa de Elias, que lhe caíra; e voltou-se e parou à borda do rio Jordão e com a capa de Elias feriu as águas, e disse: Onde está o Deus de Elias? E Eliseu feriu as águas, e se dividiram elas para uma e outra banda; e Eliseu passou. Ao que os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vieram-lhe ao encontro e se prostraram diante dele em terra.
2 Pedro 1:21 diz que a profecia nunca foi dada por vontade humana, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. Logo, a unção não é esforço humano, é obra de Deus em nós. Naquela época o profeta era a boca de Deus para que o povo não pecasse. Quando Elias diz: "dura coisa me pediste.", ele sabe que ele não é Deus, que somente Deus é capaz de ungir alguém para uma missão específica na terra. Mover os céus em favor da terra, só o fazem quem tem intimidade com Deus. Hoje, todos nós somos chamados a sermos cheios do Espírito. A salvação é de graça, custou o preço do sacrifício de Jesus, mas sem santificação, não obteremos a bênção da presença de Deus em nós. A santificação é um processo, é ser separado para uma missão específica. É a parte que nos cabe no plano de Deus para nós. É o esforço para permanecermos no caminho quando as dificuldades chegam, não esforço para sermos salvos. No antigo testamento Deus separava pessoas sobre as quais o Espírito capacitaria para fazer determinada tarefa. Hoje o Espírito Santo é derramado sobre todos que o desejam e o buscam. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração, diz Jeremias 29:12-13
Jeazi não conseguiu ressuscitar o menino, usando o bordão de Eliseu, porque Jeazi não havia passado pelas mesmas experiências que Eliseu passou com Elias. Havia intimidade entre Elias e Eliseu. Eliseu queria as virtudes que havia em Elias e nos parece que faltava em Jeazi a percepção mais aguçada para a obra que Deus queria fazer. Jeazi passou adiante deles com o bordão de Elias e põs o bordão sobre o rosto do menino, mas ele não voltou à vida.
Aprendemos aqui que unção não se imita, não se aprende, unção é busca, é a presença de Deus naquilo que o servo faz; que não basta fazer o que a palavra manda, tem que amar a palavra, tem que ter coração íntegro para que a bênção do Senhor flua em nossa vida. Por isso intercessores oram: para que o genuíno evangelho seja pregado, para que os que amam a palavra de Deus saibam discernir as obras da carne das obras do espírito. Para não serem participantes de obras infrutíferas da vontade humana apenas. A unção é reconhecida no reino espiritual e gera frutos de vida eterna. A obra humana e cultural deixa a pessoa segundo os moldes do mundo,não repercute no mundo espiritual, não move a eternidade até a terra. Pode gerar religiosos, celebridades, gente famosa porque realiza a obra de Deus, mas não gera servos. Não quero dizer aqui que os famosos não são salvos, quero dizer que temos que ter cuidado com a qualidade do nosso serviço, e isso vale tanto para famosos, quanto para anônimos. Jesus disse em João 15: “Sem mim nada podeis fazer.” Que você meu irmão, não confunda talento com unção, música com louvor, eloquência com poder de Deus. Que você e eu sejamos tocados pela presença de Deus, pela virtude que liberta.
Tal como Eliseu não se desgarrou de Elias e o amava e o admirava e queria sua unção, assim nós também temos que ter intenções puras e desejar ardentemente ser cheios do poder de Deus. No momento mais sublime de Elias, havia outros 50 candidatos a profeta, mas apenas Eliseu cruzou o jordão com ele. Eliseu desejou ardentemente a bênção. Da mesma forma hoje, somos advertidos que Jesus virá buscar sua Igreja. Mas nem todos desejam essa bênção. Nem todos estão apercebidos que o momento requer atenção e vigilância para não perdemos a unção. Nem todos sonham com o céu! Ou se sonham com ele, não o buscam. Nem todos veem o mover do céu em meio a tragédias. Apesar da dor e do sofrimento: “grande paz tem os que amam a sua Lei, para eles não há tropeço.” Sl. 119:165.
Temos que cruzar o jordão com o profeta, temos que ser batizados num batismo de intimidade para vermos o sobrenatural que os outros não veem. Temos que nascer de novo, nascer do Espírito Santo. Temos que rasgar nossas vestes, isto é, nos despir do homem natural e sermos revestidos como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão e longanimidade, como fala Colossenses 3:12. Quem tem a unção move o mundo espiritual em favor dos homens. Quem busca o poder de Deus, traz o mover de Deus até a terra através da Palavra profética que é capaz de revelar o poder de Jesus para salvar, curar e libertar. Não somos nós que nos candidatamos, é Deus quem nos elege; mas a nós compete responder com sinceridade de coração ao chamado do Senhor para servi-lo.
Jeazi foi quem mentiu para Naamã em nome de Eliseu para que recebesse dele recompensa pelo milagre. Naamã foi curado da lepra por Eliseu. A palavra descreve que porque Jeazi mentiu em nome de Deus, saiu da presença de Eliseu leproso, e a lepra de Naamã se apegou a ele e a sua descendência para sempre. Há muita gente leprosa vendendo a obra de Deus como se fosse a obra pura do Espírito. Paulo nos adverte em 1 cor. 9:27 que tenhamos o cuidado de enquanto pregamos aos outros, nós mesmos sejamos reprovados.
Não se esconde a sujeira debaixo do altar do Senhor. O altar do Senhor não aceita fogo estranho. Os filhos de Nadabe e Abiú morreram diante altar por isso. Muitos usam seus cargos como desculpa, usam o nome de Deus para se auto promoverem, mas um dia Deus revela nosso caráter. Provavelmente Eliseu delegou ao seu subordinado uma tarefa que ele não estava preparado. O Senhor diz: Sede santos, porque eu sou santo. A santidade começa com um coração totalmente dele. Deus queria dar uma experiência para Eliseu tanto quanto para a mulher Sunamita. E mais tarde revelou o que verdadeiramente estava no coração de Jeazi.
A unção estava com Eliseu, não com Jeazi. A unção no Antigo Testamento era dada por medida. Com a graça a unção é derramada a qualquer um. Eliseu certamente confiava em Jeazi, mas será que Jeazi realmente amava Eliseu? Deus espera que eu e você desenvolvamos nossos talentos, ele confiou a nós a sua obra. Mas será que eu e você o amamos de todo nosso coração? Foi Eliseu quem prometeu o filho, logo ele também operaria o milagre. Em Mt. 15:13 Jesus diz que: “Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada.” Estamos nós arraigados, enraizados no Pai celestial? Estamos enraizados na videira que é o Senhor Jesus e produzindo frutos de vida eterna? Ou estamos fazendo a obra de Deus por boa vontade, como expressão da nossa cultura e dos nossos sentimentos? Estamos fazendo o que Deus quer ou o que queremos? Estamos fazendo para atrair o homens ou atrair a Deus?
O que aquele menino representa?
Gálatas 4 diz que Deus prometera a Abrão um filho, Isaque, mas Sarah por incredulidade mandou que ele tivesse um filho com a escrava. Mais tarde, Isaque nasce e Abraão teve que despedir Agar e seu filho. Os dois não poderiam morar juntos, pois um perseguia o outro.
Da mesma maneira, temos em nós duas naturezas que brigam para tomar o controle da nossa vida. Essas duas naturezas são responsáveis pelo nosso destino eterno. Podemos ser filhos da carne ou filhos do espírito, nascidos de novo pela graça de Deus, através da semente da Palavra profética que é capaz de trazer a eternidade ao nosso coração. Paulo diz em Galátas 4:31: “Somos filhos não da nossa natureza escrava da morte, mas da livre. Andai, pois no Espírito, pois o pendor da carne traz morte, mas Espírito vida.” A igreja, é a mulher que gera filhos segundo o Espírito Santo.
Aquele menino morto representa nossa natureza carnal que precisa ser revestida da eternidade de Deus para usufruir da verdadeira vida que se move no mundo espiritual, a qual o Senhor nos preparou desde os tempos eternos. Deus queria dar à Sunamita, muito mais que um filho que morreria, ele queria dar para ela uma experiência com Ele próprio, com seu Espírito, tal qual dera a Elias e a Eliseu. Deus quer se revelar a nós de uma maneira espetacular. E quando temos uma experiência com o Espírito Santo, a paz de Deus em nossos corações descortina a glória da presença de Deus, que excede todo entendimento. Deus quer nos dar um corpo incorruptível. Você deseja isso? Ou acha que esta terra e seus prazeres é tudo o que você quer? O nosso melhor da terra não se compara com o que Deus nos preparou na eternidade.
Chegando Eliseu na casa da Sunamita, entrou, fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao Senhor. E subiu, e deitou sobre o menino, e, pondo a sua boca sobre sua boca, e os seus olhos sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu.
Um dia Jó, no seu sofrimento perguntou a Deus: Tens tu olhos de carne? Acaso, vês tu como vê o homem? Jó 10:4. E Deus enviou seu filho, com um corpo carnal como o nosso. E nossas dores estavam sobre Ele e por suas feridas somos curados. Jesus, muito mais do que colocar a boca sobre a nossa boca, os olhos sobre os nossos olhos, as mãos sobre nossas mãos, está dentro de nós, através do Espírito Santo. Paulo declara: Não mais vivo eu, mas Cristo vive em mim! Gálatas 2:20.
O maior milagre é Deus ter se feito gente como nós, para nos livrar de sermos eternamente prisioneiros da nossa natureza carnal e mortal. “Tudo coopera para o bem daqueles que amam ao Senhor, daqueles que são chamados por seu decreto.” Diz Rm. 8:28. Deus queria dar àquela mulher uma experiência sobrenatural para que ela aprendesse a amar o Deus que lhe deu o filho, muito mais do que amava o próprio filho. Talvez, nem ela mesma entendia porque admirou tanto o profeta ao vê-lo passar e quis fazer para ele um quarto em sua própria casa. Somos atraídos pela beleza da santidade de Deus. Ela queria a eternidade de Deus e sem o saber, sem entender, Deus levou-a a uma condição mental e emocional para entender que sua dependência era total do Deus que tinha o poder de vida e morte, através de sua Palavra. Assim acontece com a Igreja fiel. A noiva amada do cordeiro.
Há um decreto de vida para quem crê em Jesus. A morte vem por rejeitarmos o amor de Deus. Em meio a nossa natureza frágil, podemos dar espaço ao Deus que quer vivificar os nossos corpos mortais. Apesar da nossa contingência, isto é, do inesperado que pode nos atingir a todos, Ele quer nos dar motivos reais para vivermos. Dar um sentido de vida que vem da eternidade. Andando lado a lado com o profeta, isto é, com a Palavra de Deus podemos viver experiências de milagres. E o maior milagre é Deus abrir nossos olhos espirituais e nos revelar a sua Palavra de salvação através de Cristo Jesus. Viver com os pés na terra, mas com os olhos voltados para o céu.
Aquele menino era extensão da mãe. Era o que ela mais amava. Mas Deus quer nos dar algo superior ao que pensamos ser o melhor desta terra. “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus tem preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espirito.” I cor. 2:9-10
Assim também nós, em algum momento das nossas vidas, as lutas provam a nossa fé. O melhor de nós nos é tirado, enfrentamos nossa condição de fragilidade diante de um mundo caído pelo pecado. Todos nós estamos sujeitos à noite escura da alma. Certas lutas no nosso interior podem nos aproximar ou nos afastar de Deus. Tudo depende do nosso caráter. Quando o profeta diz que ela teria um filho ela replica: Não mintas à tua serva. E depois ela chega a ele como quem diz: Não te pedi filho nenhum! Certamente todos nós temos dentro de nós uma raiz de incredulidade, um momento em que fraquejamos na fé! Mas aprendemos aqui que quem abre espaço para um relacionamento transparente com Deus, pode entender que Deus é ‘poderoso para fazer tudo mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera.” Efésios 3:20. Vivemos não mais só pelo homem biológico, pelo que nossos sentidos podem nos mostrar, mas também pelo homem espiritual. “O justo viverá pela fé.” Rm 1:17
Eliseu passeou naquela casa de uma parte para outra, e se estendeu sobre o menino, então o menino espirrou sete vezes e o menino abriu os olhos.
Onde Jesus encontra liberdade, onde há liberdade para a Palavra de Deus, então ocorre mudança, e vida que vem de Deus é gerada. Espirrar sete vezes fala da vontade perfeita de Deus sendo realizada. Disse Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto? (Jo 11:25).
“Mas na plenitude dos tempos Deus enviou seu filho de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam sob a lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” Gálatas 4:4.
Jesus veio como homem, se revestiu de mortalidade, veio em carne para que pudéssemos ser feitos novas criaturas, um novo homem, ressuscitados pelo poder da fé em Cristo. Andou pela terra, pregou a boa notícia aos que se encontravam mortos, sem esperança. A palavra se fez carne e habitou em nós diz o evangelho de João no capítulo 1. Jesus deixou sua glória e veio até nós. Sofreu nossas dores, viveu como nós vivemos para que pela fé nele possamos ser um dia ressuscitados em novos corpos. Jesus se humilhou para que nós pudéssemos ser elevados à condição de herdeiros da eternidade, não escravos do medo da morte.
Você crê nesta palavra profética que é capaz de te dar forças para enfrentar qualquer situação difícil? Ou ela soa apenas como um conto de fadas? A sua resposta define seu destino eterno e sua forma de viver aqui na terra.
Talvez durante esta pandemia pela qual estamos passando, você tenha perdido entes queridos, sofrido perdas afetivas e financeiras. Lembre-se das atitudes dessa mulher de fé. Nossa atitude pode atrair a presença de Deus e suas bênçãos. Não o fazemos por interesse nas bênçãos, mas por amor a Ele, pelo que Ele é. Ele pode reviver sonhos. Muito mais! Ele pode nos dar esperança de vida eterna em meio ao caos da morte que nos rodeia. Constrangidos pelo amor de Deus, que possamos obedecê-lo por amor, não por obrigação. Que a beleza da Santidade do Senhor nos atraia, para que queiramos viver para sempre com Ele.
A Sunamita volta para sua terra - 2 Reis capítulo 8: 1-6
Agora a Sunamita era uma mulher marcada por uma experiência extradordinária. Quantos hoje recebem bençãos: curas, milagres, libertações, mas ficam tão encantados com suas bênçãos que acabam esquecendo do Senhor, o abençoador.
Elias e Eliseu profetizaram sob os reinados idólatras da descendência de Acabe, no reino do norte. Naquela época, a religiosidade do povo era aparente. Eram Israelitas, mas adotaram os ídolos que Jezabel trouxe da sua terra. Por isso, Deus enviava os profetas para lhes falar dos juízos e da disciplina do Senhor. Deus queria corrigi-los para que eles se voltassem para os caminhos do Senhor, mas eles, debaixo de disciplina, se levantavam contra os profetas. Sua ética e costumes estavam comprometidos com a corrupção e uma vida de pecado. Preferiam dar ouvidos aos falsos profetas que lhes massageavam o ego, e desprezavam a correção do Senhor. Não foi assim com aquela mulher! Ela tinha um coração íntegro e ouvia a voz do Senhor.
Eliseu então diz a ela: Levanta, vai tu e tua família, e peregrina onde puderes peregrinar; porque o Senhor chamou a fome, a qual também virá à terra por sete anos. E levantou a mulher e fez conforme a palavra do homem de Deus; porque foi ela com sua família e peregrinou na terra dos filisteus sete anos.
E aconteceu que ao cabo dos 7 anos, a Sunamita voltou da terra dos filisteus e saiu a clamar ao rei pela sua casa e pelas suas terras.
O salário do pecado é a morte, diz Rm 3:23, o próprio pecado humano derrota seus próprios objetivos e cumpre o propósito divino. Os erros humanos, quando não acompanhados do arrependimento, são seu próprio carrasco. Não há quem possa contra a verdade, só a favor dela, diz 2 Cor. 13:8. É justamente no meio de tanta blasfêmia e arrogância contra Deus que se torna ocasião da Graça e do amor e da poderosa mão de Deus se manifestarem. “Onde abundou o pecado superabundou a graça de Deus.” diz Rm 5:20. Amor e juízo andam juntos. A oportunidade de arrependimento é dada a todos. A sua tragédia pode ser seu testemunho de vitória mais tarde.
Enquanto o rei falava a Geazi, moço do homem de Deus, dizendo: Conta-me, peço-te, todas as grandes obras que Eliseu tem feito. E contando Geazi como vivificara a um morto, eis que a mulher cujo filho vivificara clamou ao rei pela sua casa e suas terras; então disse Geazi: Ó rei, meu Senhor, esta é a mulher, e este o seu filho, a quem Eliseu vivificou. E o rei perguntou à mulher, e ela lho contou; então o rei lhe deu um eunuco, dizendo: Faze-lhe restituir tudo quanto era seu e todas as rendas das terras, desde o dia em que deixou a terra até agora.
A fome durou 7 anos e o cerco 3. O cerco foi um lockdown imposto pelos Sírios. A Sunamita, por obedecer, sofreu as consequências de, por um tempo, ficar privada de seus bens, para depois ser restituída de tudo quanto era seu.
Talvez neste período difícil você tenha perdido bens materiais, entes queridos; alguns podem ter tido prejuízos financeiros. Estamos todos sujeitos às crises, mas temos a nossa disposição a escolha de crer nas promessas de Deus. Este momento de privação pode ser também de grande ensino para nós!
A igreja tem proclamado que Jesus voltará um dia! Afirmamos que estamos no período da Graça! Que a porta da misericórdia de Deus ainda está aberta para todos aquele que crê e aceita Jesus como seu Salvador.
A fragilidade da nossa saúde! A insegurança com a qual convivemos diariamente pode ser contraposta com a segurança que temos se obedecemos à voz da Palavra de Deus. “Porque a tua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.” Salmo 30:5
Jesus veio como cordeiro que morreu em nosso lugar, ele veio para ocupar o lugar dos réus que era meu e seu; mas Ele virá como Juiz, como rei dos reis para julgar os povos e nações. A História se encaminha para o desfecho, que Deus, como roteirista eterno já escreveu para nós. Como aquela mulher que teve seus bens restituídos; teremos novos corpos, uma vida eterna, seremos restituídos de nossa natureza divina. Moraremos eternamente com o Senhor, se cremos no seu Senhorio, se obedecemos à sua Palavra. Isso para você soa como como conto de fadas ou como Palavra do Deus vivo? A sua resposta define seu destino e seu estilo de vida.
Na Graça do Senhor está a vida, no seu favor não merecido repousa a nossa salvação. A paz é artigo de luxo nos nossos dias; a certeza sumiu... O país está dividido, as nações estão divididas... São muitas teorias e opiniões. Mas Deus continua o mesmo, esperando pela sua decisão de confiar Nele.
Como aquela mulher, que eu e você possamos nos focar na Palavra de Deus e obedecê-la. A nossa salvação não está na política, nem na ciência, nem em uma prática religiosa, embora ele use quem Ele quer: Ele pode usar a ciência, que muitas vezes não lhe dá o crédito, nações ímpias para operar seu Juízo, a boca de um falso profeta para proclamar Sua verdade. Deus pode falar através de louvores entoados por 'cantores' fascinados pelos holofotes paratocar a vida de um adorador fiel. A nossa salvação, no entanto, vem do Senhor, que fez o céu e a terra. Ele é poderoso para abençoar todas as áreas da nossa vida. Um dia prestaremos contas ao Rei dos reis de tudo o que fizemos. Que o meu e seu testemunho sejam de fidelidade a Deus, mesmo em tempos difíceis. E que possamos proclamar através de uma atitude de fé que: Sem duvidar, mantemos inabalável a confissão da nossa esperança, porquanto quem fez a promessa é fiel.” Hebreus 10:23. A Paz do Senhor seja com teu espírito.
Obed Rodrigues de Souza
26/01/22