A VOZ QUE CLAMA NO DESERTO

Igreja Batista Shekhinah, 02 de janeiro de 2022

Itacoatiara-Am

Presidente: Pr. Sostenes Passos

Preletor: Joanilson Mendes

Sermão:

A voz que clama no deserto

Texto bíblico: João 1

Introdução:

Quem era João Batista?

A) João Batista era filho de Zacarias e Izabel.

Zacarias já era idoso e não podia ter filhos, mas Deus reservou a ele o privilégio de ser pai do precursor de Jesus. Aquele que preparou o caminho para o messias.

B) Aquele que batiza com a graça de Deus. João recebeu o apelido de Batista pela prática de batizar as pessoas por imersão nas águas. Já que Batista significa batismo.

C) João era a voz que clamava no deserto.

O deserto era onde os rabinos não queriam estar, além do isolamento por conta das altas temperaturas, era nas cidades que os religiosos usavam de influência junto a classe política para se manterem no controle religioso. No entanto foi o deserto que Deus escolheu para chamar o povo de toda Judéia e demais regiões ao arrependimento.

João usava uma linguagem direta, sem eufemismo. Cercado de populares sedentos de conversão, João declarava: "Raça de víboras quem os ensinou a fugir da ira divida?" Bem diferente do modo contemporâneo quando se ouve muito expressões como: Venham para Jesus. Ele te ama. Você é importante para Deus.

E ainda assim o evangelho anunciado com tanto afago encontra dificuldade de penetrar os corações áridos dos pecadores.

1 Por que João pregava no deserto?

A) Porque o deserto é terra árida, terra onde ninguém pode habitar, tal coração do incrédulo. Mas Deus através da sua bondade enviou João para preparar o caminho do salvador. Toda terra seca ao receber uma gotícula de chuva se enche de esperança. As pessoas de corações endurecidos ouviam João pregar e ficavam maleáveis a receber aquele que se fez carne e habitou entre nós.

B) existe dois motivos para ir ao deserto:

• Quando se tem necessidade de passar de um lado para o outro.

E foi isso que aconteceu com As pessoas que iam até João. Sentiam necessidade de ter suas vidas transformadas, necessidade de mudar de direção, abandonar as práticas da velha aliança e a cultura politeísta dos povos antigos.

• Outro motivo é quando se tem necessidade de se afastar de algo ou alguém. Os judeus viviam sob o regime do império Romano, e quando se sentiam perseguidos fugiam para o deserto. De igual modo muitas pessoas já não se sentiam representadas pelos sacerdotes constituídos no templo e nas sinagogas, por certo desejavam ardentemente o surgimento de uma nova representação eclesiástica. Quando apareceu uma voz clamando no deserto, falando sobre a vinda de Cristo para libertar seu povo foram muitos que correram e aderiram o batismo de João e o Cristo que havia de vir. Essas pessoas eram a representação múltipla da sociedade.

Eram viajantes, fugitivos, saqueadores e todo aquele que livremente deixavam suas casas para ouvir João falar sobre arrependimento.

Além de João anunciar a vinda do messias em um lugar incomum. Deus já havia fomuldado com propósito. Os excluídos dos centros urbanos, das sinagogas, dos grandes eventos políticos estavam no deserto e ali Deus habitou através da vida de João. E mais, como era lugar de passagem, pessoas de todas as partes tinham o deserto como rota. Estratégia maravilhosa de Deus fazer com Que a mensagem do arrependimento chegasse aos quatro quantos do mundo. Enfatizando aos perdidos, que o messias era o único caminho que os conduziam ao arrependimento e por herança o céu.

2 Os religiosos também tiveram curiosidade de saber quem era João e sobre o que ele anunciava.

Os guardiões da lei, não o procuraram porque tinha interesse de se arrepender, o procuraram para confronta-lô e o acusa-lô de blasfêmia conforme a prática exercida pelo sinédreo. Que era um tribunal judaico composto por saduceus e fariseus.

B) João foi perseguido porque falava a verdade. Denuciava a idolatria, a usura, a prostituição enraizada no povo. João não se associou com a corrupção e autoritarismo presente no seio do império romano. Por isso Deus o separou e o levou para o deserto. João não foi enviado por Deus para pregar sobre teologia da prosperidade, sobre o modismo do evangelho gospel. O que João pregava era o evangelho da simplicidade e do arrependimento.

3 O batismo de João era o sepultamento da velha aliança.

A) com a conversão das pessoas ao evangelho de Cristo, estava sendo encerrada a submissao á lei. Iniciava-se a era da graça.

B) Jesus cheio de graça e verdade ofereceu nos vida eterna. inaugurando um novo tempo para os que estavam debaixo da lei. E por todos cumpriu a lei por nós.

Essa graça veio para os judeus e se estendeu também aos gentios.

4 João foi separado por Deus das más influência do mundo.

A) Deus enviou João para pregar no deserto, longe do alvoroço dos grandes eventos religiosos. Um sinal claro de que aquele que deseja seguir a Cristo deve estar separado das influências do pecado. Existe muitas festas gospel que não difere em nada das festas mundanas.

B) cuidado, igreja, cuidado, jovens com os grandes eventos gospel. Os grandes eventos neopentecostais. Que mais servem para fomentar lucros e influência religiosa e política do que mesmo trazer as pessoas ao arrependimento.

5 As vestes de João eram tão simples que chamou a atenção de Jesus.

A) Jesus destacou que João não usava roupas finas. Para nossa era comtenporanea, ele não usava roupas de grife, ele não ousou aparecer mais do que o Cristo. Uma referência direta aos saduceus e fariseus que usavam vestes chamativas e oravam em voz alta para que todos vissem que eles estavam orando. E por tamanhas qualidades, o messias o classificou como o maior homem nascido de mulher a pregar o evangelho. Ou seja João se dispiu de toda vaidade que podesse tirar a atenção do que realmente importava que era preparar o caminho de Cristo para que esse começasse seu ministério.

B) Esse contexto nos traz uma reflexão importante. Estamos em tempos da informação instantânea através dos meios eletrônicos. Infelizmente muitos pregadores tem se apropriado dessa tecnologia para se auto intitularem e se promoverem como legítimos representantes de Deus, mas a grande maioria, Deus não os chamou, Deus não os separou. João com suas vestes simples, não era intelectual, não era dotado de títulos,

não tinha influência junto aos líderes romanos, não pertencia a nem um corpo jurídico dentro do templo, não acumulava riqueza. Julgou-se inclusive indiquino de desatar as sandálias de Jesus. Mas era cheio do Espírito santo, falava com autoridade e as pessoas o seguiam.

Conclusão:

A) O evangelho que João pregava era o mesmo evangelho simples e direto que Jesus pregou. Exortava e combatia veementemente a religiosidade, a usura, os mercenários da fé e todo tipo de hipocrisia.

B) tanto João como Jesus chamava as pessoas ao arrependimento. O batismo nas águas era uma forma de selar a velha aliança e inaugurar a nova aliança em Cristo Jesus.

A mensagem é a mesma. Deus continua usando profetas de boa índole. E nem sempre esses profetas estão nos grandes centros. Mas, Quem os ouvi? quem os vê?

Devemos estar atento aos sinais da vinda do messias para que o dia do senhor não pegue ninguém desapercebido. Arrependei-vos.