PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 4,14-22a)(06/01/22)
Caríssimos, ao meditarmos os santos Evangelhos e ouvirmos o Filho amado de Deus, nos pondo frente a frente com Ele e falando ao nosso coração, creio que nos sentimos como os habitantes de Nazaré se sentiram naquela Sinagoga como vimos na narração de são Lucas: "Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca." (Lc 4,22).
Bem como vemos no testemunho de são João: "O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos olhos, o que temos contemplado e as nossas mãos têm apalpado no tocante ao Verbo da vida - porque a vida se manifestou, e nós a temos visto; damos testemunho e vos anunciamos a vida eterna, que estava no Pai e que se nos manifestou -, o que vimos e ouvimos nós vos anunciamos, para que também vós tenhais comunhão conosco. Escrevemo-vos estas coisas para que a vossa alegria seja completa." (1Jo 1,1-4).
De fato, experimentar a mesma graça que os discípulos experimentaram, viver as mesmas emoções que eles viveram, é ouvir do Senhor o que Ele disse a Tomé logo após a sua ressurreição: "Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé. Respondeu-lhe Tomé: Meu Senhor e meu Deus. Disse-lhe Jesus: Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!" (Jo 20,27-29).
Amados irmãos e amadas irmãs, a fé viva que o Senhor Jesus nos comunica por meio do Espírito Santo nos Santos Sacramentos da Igreja, é mais que suficiente para vivermos na Sua presença, interagindo com Ele em todas as situações de nossa vida como no tempo do discípulos, pois, é isto o que nos ensina a Carta aos Hebreus: "Jesus Cristo é sempre o mesmo: ontem, hoje e por toda a eternidade." (Hb 13,8).
Portanto, caríssimos, nesse nosso tempo muitos usam o nome de Jesus, porém, poucos o conhecem e realmente interagem com Ele como deveriam fazer; e com isso, terminam pregando a si mesmos e apenas o que pensam do Senhor, porém, fazem isso sem a autenticidade do envio, ou seja, sem a devida autorização da Santa Igreja. Destarte, que o Senhor Jesus tenha piedade deles e de nós que aqui estamos, pois, todos precisamos da sua Divina Misericórdia.
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.