DE DENTRO PARA FORA

Partimos do pressuposto de que todos nós escondemos certos conflitos, e talvez nem sempre existe um jeito de encará-los honestamente. Se temos que nos libertar desses conflitos, precisamos de primeiro plano entender de onde procedem, qualifica-los pondo em ordem cada um deles de modo que sejam vencidos. Existem aqueles que são existenciais, ou seja, os que contribuem para destruir nossa vontade de viver, ou mesmo, a própria razão, ou sentido para a vida. Via de regra, quando o nosso espírito se encontra abatido, nossa alma também sofre por não encontrar paz e motivos que deem rumo aos anos, meses, dias, e horas de nossa trajetória. Nascemos sendo interdependentes, ou seja, precisamos nos relacionar – quanto ao nosso espírito que dá comando ao nosso corpo, há a necessidade de satisfazer seus desejos meramente temporais, porém, com racionalidade; Se entendemos a nossa existência, sabemos que há algo que vai além de nossa capacidade de conjeturar, ou produzir resposta para o nosso eu. Logo, haverá a necessidade de rendimento ante Aquele que nos criou, relacionar com Ele, não bastando para tanto, apenas admitir que Ele sabe de tudo, mas que na verdade está requerendo de nós o nosso envolvimento - isto se dá relacionar com Aquele que se preocupa com a sua criatura central. Adão, o primeiro homem podia entender que havia uma ligação íntima com o seu Criador, todavia, quando criou o seu primeiro conflito face à sua desobediência, pensou que esconder do Criador, fosse possível escapar do peso de seu erro. No entanto, ao ouvir o chamado do seu Criador a prestar-lhe conta do seu feito pecaminoso, soou forte ao seu ouvido: “Adão, onde você está?”. Sua evasiva resposta: “tive medo, e me escondi...” Mas o que seria medo para aquele que acabara de ser criado, já usufruindo da beleza do jardim e de toda criação? Certamente, o que não antes havia experimentado, agora passou a ser sentido na sua alma. Será que Adão ainda não podia compreender que o Deus criador não estava limitado ao tempo ou espaço? Será que Deus precisaria fazer esta pergunta: “onde está você quando lê esta matéria”. Tanto lá quanto aqui, o tempo é o mesmo, e por isso concluímos que constantemente Deus deseja que nos relacionemos com Ele. Tanto lá quanto aqui, Deus está requerendo de nós a nossa prestação, ou seja, a nossa correspondência, Ele quer ouvir a nossa voz. Nossos conflitos, geralmente alcançam espaço em nosso ser, pela omissão desse relacionamento. Tudo começa quando os negamos em reconhecer que somos criatura, cujo corpo pode sentir os conflitos que a vida nos impõe, coisas que são nossas, ou quando não, aquelas que nos cercam e as vezes tentam nos consumir. Por termos uma alma é que sofremos em nosso espírito que nos conclama a tirar de dentro para fora, uma confissão de nossos erros e pecados que tem desagrado ao Criador. Fale com Ele. O mediador é seu filho Jesus Cristo, use desta prerrogativa dada por ele: “tudo que pedirdes ao Pai em meu nome...” – em nome de Jesus “crendo recebereis”. Coloque tudo para fora, receba o ano novo sem os conflitos, e alcance a paz a harmonia com todos os seus.

10-12-2021