PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Lc 20,27-40)(20/11/21)
Caríssimos, a fé na ressurreição nos faz romper a barreira da morte com nosso Senhor Jesus Cristo, porque somente Ele é quem nos faz vence-la. Ora, a morte entrou na natureza humana por causa do pecado, como nos ensinou são Paulo: "Porque o salário do pecado é a morte, enquanto o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor." (Rm 6,23).
No Evangelho de hoje os Saduceus que não acreditavam na ressurreição, dasafiaram o Senhor Jesus para desacredita-lo quanto a ressurreição dos mortos; para isto contaram-lhe a estória de uma mulher que casou com sete irmãos consecutivamente porque nenhum deles havia deixado descendente, conforme exigia a lei, por fim, ela morreu também, e perguntaram-lhe: "Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram casados com ela”.
Jesus respondeu: “Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram."
Caríssimos, todas as questões
que nascem dos critérios limitados dos homens, quando não corresponde à busca da verdade, por se fundamentarem na incredulidade, os levam ao fechamento em si mesmos, tornando-os incapazes do acolher a sabedoria eterna de Deus.
De fato, todos nós temos consciência que a morte natural é inevitável, pois, à medida que o tempo passa a experimentamos aos poucos, todavia, como nos ensinou são Paulo: "Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!" (2Cor 5,17). Ora, isso quer dizer que "Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova." (Rm 6,4).
Porquanto, segundo os critérios humanos não sabemos como será a vida eterna, todavia, seguindo os critérios da fé, são João nos ensina na sua primeira carta: "Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.
Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando isto se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como ele é. E todo aquele que nele tem esta esperança torna-se puro, como ele é puro." (1Jo 3,1-3).
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.