PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 19,45-48)(19/11/21)

Caríssimos, a liturgia de hoje volta ao tema que mais nos aproxima de Deus e dos que o amam e se põem à sua disposição para servi-lo e agradece-lo por todas as bênçãos que Dele recebemos; trata-se da purificação do templo que somos e da prática da fé que nele vivemos em correspondência ao seu infinito amor por nós que nada somos ou podemos por nós mesmos.

No Evangelho de são João, o Senhor Jesus respondendo a uma pergunta sobre o seu ensinamento disse: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada. Aquele que não me ama não guarda as minhas palavras. A palavra que tendes ouvido não é minha, mas sim do Pai que me enviou." (Jo 14,23-24).

Com efeito, como vemos nesse anúncio do Senhor Jesus, por nossa vocação e obediência somos Templos vivos da Santíssima Trindade. De certo, esse é um grande mistério, pois, Deus, Uno e Trino, é infinito e somente a alma criada à sua imagem e semelhança pode recebe-lo como sua morada santa.

Na primeira leitura Judas Macabeu depois de vencer os inimigos da fé ordena a purificação do Templo do Senhor que havia sido profanado pelas práticas abomináveis deles. De igual modo, no Evangelho de hoje o Senhor Jesus expulsou os vendilhões do templo, dizendo: “Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração’. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões”. Ou seja, quem faz de sua vida um lugar de interesses mesquinhos, profana o Templo santo de Deus, maculando-o com práticas nefastas, não condizentes com a nossa fé catolica.

Portanto, caríssimos, façamos uma enxame de consciência e peçamos ao Senhor Jesus a graça de vermos claramente o que pusemos dentro do templo que somos, e que o profanou, para que arrependidos o purifiquemos pelo o Sacramento da Confissão e o perdão sacramental, para assim vivermos como casa de oração, lugar santo onde O encontramos e Nele permanecemos dando frutos de salvação e vida eterna.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.