PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA

(Lc 13,18-21)(26/10/21)

 

Caríssimos, como somos felizes por conta da certeza do nosso devir eterno preparado por Deus para seus filhos e filhas por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; pois, sem essa esperança não poderíamos viver em paz e muito menos dar a paz que nos vem do Senhor por confiarmos Nele incondicionalmente. De certo, nesta liturgia de hoje o Senhor Jesus nos ensina que o Reino de Deus se faz presente neste mundo, mas não é deste mundo.

 

Com efeito, ao contemplarmos a grandeza da criação nos seus mínimos detalhes vemos o quanto Deus nos ama e cuida de nós para que nada nos falte. De modo que, somente quando pecamos é que perdemos as graças que nos são dadas, porque as trocamos por aquilo que não é de Deus; daí percebemos o motivo de tantos sofrimentos, de tanta violência, morte e dor, pois, tirar do Senhor o governo de nossa vida para da-lo ao inimigo de nossas almas, é fazer uma escolha infeliz, e perder-se nos labirintos da maldade que leva ao desespero eterno os que fazem tal escolha.

 

Na primeira leitura são Paulo nos ensina a respeito do devir eterno: "Irmãos, Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós. De fato, toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus. Também ela espera ser libertada da escravidão da corrupção e, assim, participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus." Ou seja, da vida eterna.

 

Meditando o Evangelho desta liturgia, vemos que o Senhor Jesus faz uma analogia sobre o Reino de Deus a partir de uma semente de mostarda laçada no solo; e ainda do fermento que uma mulher mistura à massa, e a faz crescer e se tornar alimento que dá vida. 

 

De fato, o Reino de Deus que Ele nos revela é a herança eterna que nos espera e que já começa aqui; ora, ele se encontra em nossas almas como uma semente de mostarda que cresce em solo fecundo ou ainda como o fermento que faz crescer a massa até que produza o resultado esperado por Deus por acolhermos as suas graças e permanecermos fiéis a Ele até o fim.

 

Portanto, caríssimos, peçamos ao Senhor Jesus a graça da fidelidade e da obediência perfeita para que, conduzidos pelo Espírito Santo, cresçamos no conhecimento, no amor e na bondade que de Deus recebemos para darmos os frutos de justiça e santidade todos os dias de nossa vida. 

 

Paz e Bem!

 

Frei Fernando Maria OFMConv.