Homilia do XXVI Dom do T Comum (Mc 9,38-43.45.47-48)(26/9/21)
 
Caríssimos, a liturgia de hoje trata do discernimento das ações daqueles que não fazem parte das nossas comunidades, mas vivem autenticamente o Santo Evangelho. Ora, a regra a ser seguida é esta que o Senhor Jesus nos ensina: "Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. Quem não é contra nós é a nosso favor." (Mc 9,39-40). Ou seja, se vem verdadeiramente de Deus, então, é aprovado por Ele.
 
De fato, como vimos na primeira leitura quando Josué quis que Moisés proibisse os dois anciãos de profetizarem porque atrasaram para a reunião, Ele o respondeu: “Tens ciúmes de mim? Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor lhe concedesse o seu espírito!" (Nm 11,29). De certo, por essa resposta de Moisés o Senhor nos dá o conhecer a sua santa vontade, ou seja, que todo seu povo receba o Espírito Santo.
 
Todavia, como vimos na segunda leitura, existem algumas atitudes por parte dos que dizem crê que revelam a não presença do Espírito Santo em suas ações, são elas: o apegos aos bens materiais com o acúmulo das riquezas; a vivência aparente da fé e a injustiça contra os inocentes, que são tão abomináveis que o Apóstolo disse: "Vós vivestes luxuosamente na terra, entregues à boa vida, cevando os vossos corações para o dia da matança." (Tg 4,5).
 
No Evangelho de hoje além do discernimento das ações que denotam a sua presença, o Senhor Jesus nos exorta a respeito da salvação e da condenação; do céu e do inferno, pois, tudo o que vivemos aqui é em preparação para o nosso devir eterno, ou seja, em função da eternidade que teremos pela frente.
 
Portanto, caríssimos, escutemos atentamente o Senhor Jesus para fazermos das suas palavras a nossa regra de vida: "Em verdade eu vos digo: quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. E, se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço." (Mc 9,41-42).
 
Destarte, ainda nos pede pra termos cuidado com as ações praticadas usundo os nossos membros tais como mãos, pés, olhos, pois, se estes membros nos levam ao pecado mortal, melhor eliminar tais ações de nossa vida para não incorrermos no juízo condenatório que tem como sentença final o inferno onde o fogo jamais se extinguirá.
 
Paz e Bem!
 
Frei Fernando Maria OFMConv.