O pó do Evangelho

O pó do Evangelho

Que estado está o seu coração

Vivendo no mundo em convulsão

Olhando o futuro incerto e sombrio

Deixando no fundo do peito um vazio

De joelhos no chão clamamos, rezemos

Mas, sem pressão quantas vezes o fizemos?

Diante das noites de plena agonia

Nossa fé só desperta com uma pandemia

Se Deus contemplasse nosso dia a dia

Veria nos atos dos homens a ironia

De se acharem libertos dos deveres morais

E Que tudo se encerra nos bens materiais

A bondade de Deus pouco compreendida

Sem ter bom resultado nos dá nova medida

Com carinho nos faz tirar o pó do evangelho

Rever ensinamentos que não se tornou velho

Com o amargo da lição recorremos a Jesus

Aceitando de pronto o peso de nossa cruz

Percebendo no mundo calvário da humanidade

Nos ensinando agir com amor, paz e bondade