“não nos deixes cair em tentação... Mateus 6.13

Procure pela palavra tentação no google e vai ver que na maioria dos resultados estará relacionada com conteúdo sexual. Não sei exatamente quando tentação ficou restrito a esse assunto, mas é difícil falar sobre o tema sem necessariamente dizer alguma coisa sobre isso. No entanto vou me abster de levar nossa conversa para esse rumo e buscar definir tentação dentro do contexto da oração do Pai nosso. A primeira tentação que o ser humano teve não foi de natureza sexual como sugerem alguns seguimentos do cristianismo, mas sim de negar a Deus. A proposta tentadora da serpente levou nossos primeiros pais a crer que seriam iguais a Deus. Tamanha pretensão é o mesmo que abandonar o autor da vida, ou seja, é nega-lo, é querer viver de forma autônoma, é crer que não precisamos do Criador, é viver para própria glória, atitude oposta a que nosso Senhor Jesus teve conforme ele mesmo disse orando ao Pai certa vez: “Eu te glorifiquei na terra” João 17.4. Jesus sim é Deus, mas mesmo sendo Deus viveu como homem, se esvaziou de sua glória e majestade para fazer a vontade do Pai. Jesus não o negou, ainda que passando pelo deserto e sendo fortemente tentado. Portanto, o aspecto mais importante da tentação que devemos estar atentos vidas é pensar que podemos viver sem Deus. Ledo engano. Mas talvez você possa estar se perguntando: “eu sempre vou à igreja e até gosto de contribuir, eu oro e leio a bíblia, então essa questão de negar a Deus não é pra mim”. Que bom se fosse tão simples assim. Na verdade, quem conhece nossa estrutura é somente aquele que nos fez, aquele que nos sonda e nos examina, e é justamente por nos conhecer que Jesus nos orienta a pedir em oração para não nos deixar cair em tentação, uma vez que sendo tentados facilmente podemos cair. Negamos a Deus quando achamos que podemos viver sem ele; quando deixamos de fazer aquilo que ele nos ordena a fazer; quando pecamos por palavras, por atos, pensamentos e até mesmo por omissão; quando achamos que tudo depende de nós, quando acreditamos que nosso sustento vem de nossos braços, de nossa Inteligência, de nossa capacidade. Enfim, “livrai-nos do mal”, tanto do maligno, quanto de nós mesmos que por vezes agimos como se fossemos deuses. Que bom que Deus é graciosos, e como bem disse o apostolo Paulo: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar. 1Co 10.13

Rev. Marcelo Junio.