“o pão nosso de cada dia dá-nos hoje” Mateus 6.11
Continuamos nossa reflexão sobre a oração do Pai nosso. Lembrando sempre que é nosso, no coletivo, assim como o pão que rogamos nessa parte. Depois de concluir a primeira parte que contém uma invocação e três petições que priorizam nosso relacionamento com Deus, ou seja, 1.“santificado seja o teu nome; 2. venha o teu reino; 3. faça-se a tua vontade”, agora somos conduzidos por mais três petições que contemplam nossas necessidades. Hoje vamos nos deter na primeira, “o pão nosso de cada dia”. O sustento físico não deve vir em primeiro lugar, assim disse Jesus: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (Mt 4.4), mas ele tem o seu lugar no devido tempo. Deus está interessado em nossas necessidades pessoais como a comida e a bebida, e Ele quer que as coloquemos diante dele em oração. Ele prometeu suprir essas necessidades quando buscarmos o seu reino em primeiro lugar (Mateus 6. 33). O pão nosso de cada dia nos remete ao maná que Deus mandava do céu quando seu povo saiu do Egito e estavam no deserto como registrado em Êxodo 16. Uma das exigências que Deus havia feito quando fazia chover o maná era a quantidade a ser recolhida. Quem recolhia pouco, não lhes faltava nada. Quem recolhia muito não lhes sobrava nada, pelo contrário, a ordem era para não deixarem para dia seguinte, não acumular, pois do contrário se perdia. Enquanto isso Deus ia trabalhando a confiança nos corações das pessoas de que quem cuidava deles era aquele que os libertou, o Salvador. Assim também deve ser conosco hoje, isto é, devemos não apenas ser moderados contentando-nos com o pão de cada dia, mas também evitar a ansiedade em relação às coisas futuras, basta cada dia o seu próprio mal. Além do pão ser de cada dia, ele também é nosso, o que nos leva a pensar em compartilhar, sermos generosos, não acumular, uma vez que poderá se perder também, ou pior ainda, nossos corações podem se perder achando que o cuidado diário vem da força de nosso braço. A semelhança do sábio, devemos ter em mente a medida certa quando oramos a Deus, “afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus”. Provérbios 30.8-9. Isso fala de contentamento, algo que experimentamos em Cristo quando pela fé o recebemos como Salvador e Senhor de nossas vidas. Sim, ele nos dá o pão, pois ele mesmo é o pão da vida.
Rev. Marcelo Junio