Sou eu o Instrumento de Deus na vida Humana

Uma vez, a algum tempo atras, vivi no mundo de coisas banais, fiz coisas ilegais; mas neste passado, jamais pensava que erão reais, as aventuras vividas por mim, quando rapaz.

Hoje sou velho, sem força pra trabalhar, queria muito continuar a estudar, viver com os amigos, em família, namorar uma moça bonita, casar logo em seguida, e viver a confraternização familiar. Agora eu não posso, só posso contar história, pois em virtude, Deus me deu esta vitória.

Era uma vez...

Menino de rua, vivia aonde no tempo de tempestade caía chuva, vivia aonde Deus queria; vivia no mundo, e o mundo não vivia pra ele. Garoto simples, com chinelo de dedo, camiseta rasgada, um short preto, e o principal, um coração perfeito. Se lhe oferecem o mundo, pra ele era um absurdo, ria sem alegria e a quem ele se dirigia.

Uma noite, ele saiu de lugar nenhum, como sempre fazia e em um apartamento ouviu alguem gritar; chegou mais perto e escutou:

- Por favor, não...não..., não me mate, por favor! (vitima)

Subiu as escadas externas e olhando pela janela, viu uma arma apontada pra ela, e em pura inoscência ficou bem perto dela; coragem tanta que até a morte se espanta; mas entre os três, uma única bala os desafiou, e num grito de dor, o atirador correu, a mulher se escondeu, e o garoto quase morreu.

Socorrido e levado ao hospital do bairro, o doutor exclamou:

- Aqui este garoto morrerá, devemos imediatamente daqui o levar. (doutor)

(...)

- Meu querido filho, acorda! Aqui é o teu lugar! (Deus)

- Não, aqui não é o meu lugar. (Menino)

- Venha a mim querido Emanuel! (Deus)

- Mas como você sabe o meu nome de batismo, se só me chamam de menino de rua, e nunca o disse a ninguém, e muito menos a ti, que nunca te vi. (Emanuel)

- Antes mesmo de nascer te dei este nome. (Deus)

- Você só pode estar brincando, pois dentre isto que diz você, vivi dentro de um ventre, até nascer. (Emanuel)

- Tudo bem então, eu não sabia. Mas, você tem pais ou não? (Deus)

- Claro que tenho, minha mãe era Maria Aparecida e o meu pai era José. (Emanuel)

- Só José? (Deus)

- Sim. É que eu não o conheci. (Emanuel)

- E sua mãe? (Deus)

- Ela morreu, logo depois que me concebeu. (Emanuel)

- Então quem o batizou? (Deus)

- Foi o senhor Jesus do hospital, foi logo depois que nasci. (Emanuel)

- Então como sabe disto, era muito pequeno. (Deus)

- Vivi lá até completar 5 (cinco) anos de idade. (Emanuel)

- E por que lá não ficou? (Deus)

- Me julgaram culpado, sem provas, sem justiça; fui expulso de lá. (Emanuel)

- E como fez para viver? (Deus)

- Vivi na rua, andei km com os pés à procura de algum alimento de qualquer lixão para comer, bebendo água contaminada dos rios e lagos para beber. Enfim, ajudava pessoas sem nada pedir, foi assim que eu vivi e é assim que eu vivo! (Emanuel)

- Me reconheces de algum lugar? Sabe quem sou eu, Emanuel? (Deus)

- Nããããõooooooo... nunca te vi na rua, nunca te ajudei tambem... não, realmente não sei quem é você. Me desculpe?! (Emanuel)

- Eu sou Aquele que te fez nascer, sou quem tirou o teu Pai e a tua Mãe de você; sou Aquele que te deu um nome; fui eu quem te batizou; também fui eu quem te colocou no colo, quando você foi expulso do hospital; em alguns momentos te deixei seguir só, em outros te carreguei; fui eu quem te deixou o caminho da rua para poder seguir; sou em quem te vê sorrir e fui eu quem te viu chorar; fui eu quem enxugou as suas lágrimas e fui eu quem sorriu junto de teu sorriso; fui eu quem te dei a vida e fui eu quem te livrou da morte; sou teu Pai, aquele que você pedia consolo quando sofria; sou o teu Pai, aquele que te corrigiu quando você precisou; sou eu, aquele com quem você mais conversava; sou eu, teu Pai e tua Mãe, teu irmão e tua irmã; sou eu, o teu Deus, Emanuel! (Deus)

(...)

- Menino de rua, você esta bem? (Doutor 2)

(...)

Hoje ele é um pobre velho que nunca está só, sempre rodiado de crianças e sempre cheio de esperanças. Hoje ele dá testemunho de sua historia, e ama aquele que o adora.

Hoje todos o conhecem como Emanuel, um velho de bengala, camisa simples e uma calça arrumada, com um chinelo de dedo, da cor do escuro, preto.

- Senhor Emanuel, gostei da história, agora deixa eu te ajudar com esta bengala, por que amanhã eu quero ouvir um conto de fadas. (criança)

Caio Cezar
Enviado por Caio Cezar em 24/10/2007
Código do texto: T707967
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.