TEOFANIA
Imerso em suas reflexões, o agnóstico fazia interrogações,
Quem sou, de onde vim, que faço aqui, para onde eu vou?
A racionalidade, na sua inquietude pergunta, e quer saber,
Insiste nas suas profundas reflexões, com toda obstinação.
Afinal, qual o sentido desta existência efêmera e complexa?
Onde a humanidade se esgota na vã corrida atrás do vento,
Deixando pelo caminho esse rastro cruel da sua insanidade,
Na devastação da biodiversidade e também da própria vida.
Eis que, súbito, se lhe abrem todos os portais do Universo,
E ele contempla no seu grande Coração a Glória da sua Luz,
Dispostos em cruz ele viu vinte e quatro Príncipes Angélicos,
Os quatro Querubins guardam o Átrio do Santo dos Santos.
O esplendor do Arco-Íris envolve o glorioso Carrossel Divino,
Em cada braço da cruz, estão seus seis Príncipes Angélicos,
E eles ocupam todos os domicílios no comando das Legiões,
Deus tudo abraça, e todos lhe dão Graças; Ele é o Universo.
Tudo está n’Ele e Ele está em tudo, e d’Ele nada se esconde,
Ele é o Uno, onde o Pai, o Filho, e Espírito Santo são unidos,
Mas a solidão, por esse conhecimento será a sua companhia,
Para o “logos” da razão é um absurdo o “sophos” do Espírito.
E você? Você é energia, veio da energia e volta para a energia,
Logo depois de ser reciclado ou para a Luz ou para as Trevas,
“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”
Agora lhe compete insistir nas reflexões, com toda obstinação.