Quisera eu!
Quisera eu!
Quisera eu tocar as luzes mais distantes no espaço sideral
Quisera eu Viajar entre as galáxias e sentir Tua imensidão na minha finitude
Quisera eu Sentir o chão de Tuas lágrimas mais sentidas no Getsemâni.
Quisera eu ser a solidão do Teu deserto na Judéia para estar só Contigo
Quisera eu ser o pó que se apegou as Tuas sandálias no chão que pisastes
Quisera eu ser o nardo espalhado em Tua cabeça na casa de Simão
Quisera eu ser migalha do Seu pão que abençoou cahorrinhos
Quisera eu ser o assoalho ensopado pelo balsamo do nardo puro
Quisera eu ser a alegria das crianças que acolhestes entre as ramagens da entrada triunfal
Quisera eu ser o cálice de vinho, o pão que partistes, o cenáculo que Te acolhestes
Quisera eu ser Tuas lágrimas derramadas, para aquecer Tua tristeza no chão do meu jardim
Quisera eu experimentar o odor de Teu perfume mesclado com oliveiras
Quisera eu no frio do anoitecer ser calor Na tua noite mais fria na casa de Caifas!
O Teu cheiro de nardo puro suavizaria minha alma me embriagaria com Seu amor
Quisera eu...
PEDRO LUIZ ALMEIDA